terça-feira, 17 de junho de 2014

Princípios Bíblicos para Educação Infantil

Princípios Bíblicos para Educação Infantil



Um dos grandes desafios da Igreja contemporânea é desenvolver um ministério de educação infantil bem sucedido, cujo objetivo maior é o de transmitir princípios bíblicos que levem as crianças a desenvolver um relacionamento íntimo e real com Deus.

Os padrões e expectativas da nossa cultura mudam a cada geração, mas a verdade eterna da Palavra de Deus não muda jamais. É preciso ter firmados os fundamentos da educação cristã para levar a cabo o projeto de trazer os pequenos aos pés de Jesus.
A Palavra de Deus nos ensina que o coração é o centro de controle da vida. A vida de uma pessoa reflete o que está no seu coração. Provérbios 4:23 afirma isto, com as seguintes palavras:  “Sobre tudo  o  que  se  deve  guardar, guarda  o  teu  coração,  porque  dele  procedem  as  fontes  da vida”. O que as crianças dizem e fazem é um reflexo do que está em seus corações. Lucas 6:45 confirma: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração”. Essas passagens são instrutivas na tarefa de educar.
Pensando desta maneira, devemos ter em mente que a Igreja deve se esforçar para que o ministério educação infantil tenha todas as condições (sejam materiais, humanas e espirituais) de oferecer à criança a possibilidade de conhecer o verdadeiro e único caminho que é Jesus, bem como a responsabilidade de ser e de fazer discípulos (Jesus não estipulou uma idade mínima para alguém tornar-se seu discípulo). Sim, é preciso pensar nas crianças como discípulos do Mestre, como pessoas que podem ser usadas pelo Espírito Santo para levar a mensagem do Evangelho aos perdidos.
Lembro-me de que quando minha filha era pequena, aproveitava o trajeto do transporte escolar para cantar as músicas que aprendia na Escola Dominical para as outras crianças e assim, falava do amor de Deus para elas. Não sei que influencia isso teve na vida de seus coleguinhas, mas sei que Deus é poderoso para usar essas ocasiões e transformar vidas, mesmo as mais tenras.
É importante ressaltar que os pais têm maior responsabilidade na vida de seus filhos, devendo prestar contas a Deus sobre o caminho ensinado a eles. No entanto, a Igreja deve dar suporte para que as crianças entendam a responsabilidade de fazer missões e espalhar as boas novas do Evangelho em todo tempo. É preciso que elas aprendam as diversas formas de fazer missões, e que esta tarefa é de todos, não só dos missionários nos campos, uma vez que o campo é o mundo.
Não se pode alcançar estes objetivos sem que haja sacrifício e serviço amoroso para edificar as crianças. É praticamente um ato de proteção aos que amamos. Tal sacrifício e dedicação podem salvar vidas de crianças e de famílias. Quantas famílias já se renderam aos pés da cruz pelo testemunho de suas crianças?
“A boca só fala do que está cheio o coração” (Mt 12. 34b). Que tipo de conteúdo tem enchido o coração de nossas crianças? O que temos feito para que elas conheçam o amor de Deus? O que temos ensinado a elas? O que temos deixado de ensinar? O que temos posto em seus corações, que mais tarde emergirá em suas atitudes? Essa é uma pergunta importante, porque o que quer que esteja dentro delas, isso transbordará sobre os outros e se espalhará todas as vezes que esbarrarem em alguém, mesmo que seja apenas de leve. Conforme as palavras de Salomão, “assim como a água reflete o rosto,o coração reflete quem somos nós” (Pv 27. 19).
Precisamos preparar a igreja para o futuro. Uma geração vai, outra vem. Em poucos anos, as crianças de hoje serão agentes de mudanças. Elas estarão no centro de todo interesse na igreja e no mundo. Tomarão nosso lugar no trabalho, nos negócios e na igreja. Este, portanto, é o tempo de interesse na vida de uma criança. É o tempo em que as impressões são criadas, quando há poucos obstáculos. Os cuidados são poucos, a imaginação é vívida, a memória é vigorosa e as emoções são ternas. O caráter de uma criança é acessível agora, por milhares de portas que mais tarde se fecharão.
Se nossas crianças forem criadas no temor do Senhor, esta influência se estenderá por muitas gerações, por toda a Terra. Portanto, a igreja deve ser vigilante e prudente, prontificando – se a aproveitar as oportunidades de iluminar a mente e o coração das crianças com a Palavra de Deus. “Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv. 22. 6).
Simone de Andrade Gomes Oliveira de França
Pedagoga pela UFRN, pós- graduada em Coordenação Pedagógica pela ULBRA;
Líder do ministério de Educação Cristã da IBVP/ Natal-RN.

Fonte: www.batistasrn.org.br

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