quinta-feira, 26 de junho de 2014

Judaizantes Modernos e suas práticas perniciosas

Judaizantes Modernos e suas práticas perniciosas

 
O problema judaizante vem sendo enfrentado desde os primórdios da igreja cristã. Paulo escreveu aos Gálatas (c. 49 d.C) para, entre outros propósitos, condenar a prática judaizante. Muitos judeus tinham se convertido ao cristianismo e queriam impor a lei mosaica sobre os cristãos gentios. Estas pessoas passaram a ser conhecidas como os "judaizantes". Esta questão entre judaísmo e cristianismo percorre o Novo Testamento e ainda encontra espaço na igreja atual.
Os judaizantes modernos ensinam que os crentes devem guardar as festas judaicas como a festa dos tabernáculos, ler a Torah e guardar o sábado. É comum ver alguns usando kipás (bonezinho usado pelos judeus), buscando ligações genealógicas com o povo israelita para que possam obter nacionalidade judia, entre outras coisas. Até mesmo nos cultos de algumas igrejas, músicas e danças judaicas foram inseridas. Cada vez mais, cantores, “ministros de louvor” e conjuntos diversos se intitulam como “levitas do Senhor” em referência ao sacerdócio Levítico da Antiga Aliança.
Em nome de suposto amor a Israel a bandeira da nação é colocada em destaque na igreja, o shofar é tocado e promovem-se as festas com a promessa de uma nova unção sobre a vida de quem participa de tais celebrações. Há igrejas onde as pessoas não podem adentrar ao templo de sandálias ou sapatos e são orientadas a tirar os calçados, pois, segundo ensinam, irão pisar terra santa. Já existem denominações no Brasil onde os assentos foram retirados dos templos e os crentes ficam de joelhos em posição semelhante à usada pelos judeus nas sinagogas. O candelabro, a arca da aliança e outros utensílios do tabernáculo são ostentados nos cultos e considerados objetos “sagrados”.
Há um fetichismo com terra santa, areia santa, água santa, sal santo, folha de oliveira santa, etc. No cristianismo as pessoas são santas, mas as coisas não. Desta forma a prática judaizante caminha paralelamente com a superstição e feitiçaria. É parente da paganização. Tudo isto é produto de uma hermenêutica defeituosa, que não compreende as distinções entre os dois Testamentos. Os critérios para interpretá-los são diferentes. A pompa e a liturgia do judaísmo deram lugar à desburocratização no cristianismo. A palavra final de Deus foi dada em Jesus Cristo.
Paulo ensinou aos Gálatas que voltar às práticas e aos cerimoniais da Lei era cair da graça (Gl 5.1-10). O concílio apostólico de Jerusalém, cuja menção histórica se acha no capítulo quinze do livro de Atos dos Apóstolos, decidiu que os costumes judaicos não eram obrigatórios para os cristãos. A circuncisão, a guarda do Sábado, os cerimoniais e as festas judaicas, por exemplo, foram abolidas tanto para judeus como para gentios, por não fazerem parte da dispensação do evangelho.
No entanto, estas práticas entram sutilmente na liturgia do culto e precisam ser erradicadas. Espera-se dos líderes que sejam firmes na defesa da fé cristã. É necessário promover estudos bíblicos acerca da salvação pela graça. Os púlpitos das igrejas não podem ser cedidos para cantores ou pregadores adeptos de tais modismos. O líder que permite ou autoriza práticas judaizantes na igreja iguala-se aos que invalidam a cruz de Cristo (1Co 1.17).
 
Fonte: www.cpadnews.com.br

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