Judaizantes Modernos e suas práticas perniciosas
O
problema judaizante vem sendo enfrentado desde os primórdios da igreja
cristã. Paulo escreveu aos Gálatas (c. 49 d.C) para, entre outros
propósitos, condenar a prática judaizante. Muitos judeus tinham se
convertido ao cristianismo e queriam impor a lei mosaica sobre os
cristãos gentios. Estas pessoas passaram a ser conhecidas como os
"judaizantes". Esta questão entre judaísmo e cristianismo percorre o
Novo Testamento e ainda encontra espaço na igreja atual.
Os
judaizantes modernos ensinam que os crentes devem guardar as festas
judaicas como a festa dos tabernáculos, ler a Torah e guardar o sábado. É
comum ver alguns usando kipás (bonezinho usado pelos judeus),
buscando ligações genealógicas com o povo israelita para que possam
obter nacionalidade judia, entre outras coisas. Até mesmo nos cultos de
algumas igrejas, músicas e danças judaicas foram inseridas. Cada vez
mais, cantores, “ministros de louvor” e conjuntos diversos se intitulam como “levitas do Senhor” em referência ao sacerdócio Levítico da Antiga Aliança.
Em
nome de suposto amor a Israel a bandeira da nação é colocada em
destaque na igreja, o shofar é tocado e promovem-se as festas com a
promessa de uma nova unção sobre a vida de quem participa de tais
celebrações. Há igrejas onde as pessoas não podem adentrar ao templo de
sandálias ou sapatos e são orientadas a tirar os calçados, pois, segundo
ensinam, irão pisar terra santa. Já existem denominações no Brasil onde
os assentos foram retirados dos templos e os crentes ficam de joelhos
em posição semelhante à usada pelos judeus nas sinagogas. O candelabro, a
arca da aliança e outros utensílios do tabernáculo são ostentados nos
cultos e considerados objetos “sagrados”.
Há
um fetichismo com terra santa, areia santa, água santa, sal santo,
folha de oliveira santa, etc. No cristianismo as pessoas são santas, mas
as coisas não. Desta forma a prática judaizante caminha paralelamente
com a superstição e feitiçaria. É parente da paganização. Tudo isto é
produto de uma hermenêutica defeituosa, que não compreende as distinções
entre os dois Testamentos. Os critérios para interpretá-los são
diferentes. A pompa e a liturgia do judaísmo deram lugar à
desburocratização no cristianismo. A palavra final de Deus foi dada em
Jesus Cristo.
Paulo
ensinou aos Gálatas que voltar às práticas e aos cerimoniais da Lei era
cair da graça (Gl 5.1-10). O concílio apostólico de Jerusalém, cuja
menção histórica se acha no capítulo quinze do livro de Atos dos
Apóstolos, decidiu que os costumes judaicos não eram obrigatórios para
os cristãos. A circuncisão, a guarda do Sábado, os cerimoniais e as
festas judaicas, por exemplo, foram abolidas tanto para judeus como para
gentios, por não fazerem parte da dispensação do evangelho.
No
entanto, estas práticas entram sutilmente na liturgia do culto e
precisam ser erradicadas. Espera-se dos líderes que sejam firmes na
defesa da fé cristã. É necessário promover estudos bíblicos acerca da
salvação pela graça. Os púlpitos das igrejas não podem ser cedidos para
cantores ou pregadores adeptos de tais modismos. O líder que permite ou
autoriza práticas judaizantes na igreja iguala-se aos que invalidam a
cruz de Cristo (1Co 1.17).
Fonte: www.cpadnews.com.br
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