DÍZIMO:
CONTRIBUIÇÃO DA LEI OU DA GRAÇA?
LUCIANA RODRIGUES DE A. VIANA
ESTE TEXTO FOI DIVIDIDO EM 3 PARTES:
| ||
INTRODUÇÃO | ||
"Para
que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de
Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade." (I Timóteo 3:15)
O
objetivo deste estudo não é o de se contrapor ao dízimo, mas de
esclarecer a verdade da forma certa de como contribuir pela graça, não
por coação psicológica e doutrinária, utilizada por muitos líderes de
igrejas, através de versículos da lei judaica, mas sim contribuir sem
constrangimento exposto em II Coríntios 9:7.
O cristão não é obrigado a dar o dízimo, nem por medo do “devorador” (citado em Malaquias 3:11)
ou de ser amaldiçoado, porque o dízimo é um mandamento da lei judaica,
além disso, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo e Ele já
nos abençoou com todas as bênçãos nas regiões celestiais (Romanos 8:1 e Efésios 1:3).
Nem rouba a Deus o cristão que não dá o dízimo… não temos o dever de
chamar de ladrão a quem Jesus libertou, se ele contribui com 0% ou 100% é
uma atitude pessoal, ele é livre para decidir. Jesus condenou a atitude
dos judeus escribas e fariseus que dizimavam até o cominho e não
ofertavam o seu amor ao próximo (Mateus 23:23). Infelizmente, muitos cristãos têm repetido esta mesma atitude.
Não há um só versículo no Novo Testamento, que registre a obrigatoriedade do cristão dizimar.
Por
outro lado, se o cristão deixa de contribuir ou diminui esta
contribuição, por que descobre que não é obrigado, está agindo de má fé
para com Deus, como fez Ananias e Safira, ele deve contribuir sim e
feliz porque sabe que pode fazê-lo por amor a Deus e não por imposição
de homens, e segundo o que propuser em seu coração. Toda a contribuição
para a Igreja era feita unicamente através de ofertas e partilha de
bens. Nós, cristãos, devemos ter o cuidado de não ficarmos como
passarinho no ninho: obrigados a engolir o que colocam na nossa boca.
Pela Lei, o dízimo era destinado à tribo levítica, aos sacerdotes desta tribo.
Eles
recebiam e se mantinham dos dízimos, porque não tinham herança e
cuidavam do Templo de Deus, a Casa do Senhor, para onde os dízimos eram
levados (Números 18:21-30). O Templo foi
destruído e não existem mais os sacerdotes levitas. Pela Graça, a
instituição do dízimo é ilegal e sem respaldo bíblico, porque todos nós
somos sacerdotes de Cristo (Apocalipse 1:6),
pois não há mais necessidade desta tribo sacerdotal. O Dízimo foi
estabelecido para os judeus; não para a igreja de Jesus Cristo (Hebreus 7:5).
Devemos compreender a diferença entre contribuir em LEI e o contribuir em GRAÇA,
para não ficarmos debaixo de maldição, e obrigados a guardar toda a
lei, se escolhermos seguir um mandamento dela, como disse o apóstolo
Paulo em Gálatas 5:3-4, pois quem cumpre um mandamento da lei é obrigado a guardar toda a lei.
Somos servos do Senhor Jesus, não escravos de homens. (I Coríntios 7:23 e Gálatas 5:1) e foi para a liberdade que Ele nos chamou.
Na LEI, o dízimo era a causa principal da bênção do povo judeu e a bênção era conseqüência deste dízimo (Malaquias 3:10). A maneira certa do povo judeu contribuir na LEI era dando o dízimo para ser abençoado.
Na GRAÇA, o Sacrifício de Cristo é a causa principal da bênção do povo cristão.
Paulo, em Efésios 1:3, nos afirma que Deus nos abençoou “EM CRISTO”, não “EM DÍZIMO”, por este motivo, a maneira correta do povo cristão contribuir em GRAÇA é no uso de II Coríntios 9:7, porque abençoados já somos.
Ao
invés de incentivar os cristãos, com amor, a contribuírem na casa de
Deus, muitas autoridades dizem que não o obrigam o pagamento do dízimo,
mas usam textos do antigo testamento como: "…repreenderei o devorador";
"…roubais ao Senhor nos dízimos"… etc., que produzem temor nas pessoas e
medo de maldição, porque tais autoridades dependem de altos salários
pagos pelas igrejas ou têm receio que a obra do Senhor seja prejudicada
se não houver imposição ou, por despreparo repetem os erros dos outros
líderes, a todos faltando fé suficiente de que Deus prosperará a igreja,
através da contribuição espontânea dos irmãos, como ocorria na igreja
primitiva. O resultado disso tudo é o engano, o desvio da Verdade.
Cristo não colocou “VINHO NOVO”(GRAÇA) em “ODRES VELHOS”(LEI) (Marcos 2:22).
Jesus estabeleceu tudo novo e jogou fora o que era velho (Gálatas 4:30 e Hebreus 8:13). Não podemos fazer do cristianismo uma seita judaica. Paulo afirma isso em Gálatas 2:14.
Toda esta confusão sobre o dízimo seria erradicada do nosso meio se nos
empenhássemos mais em conhecer profundamente a Palavra, sermos adultos
na fé e não meninos. Se quisermos nos aprofundar na Palavra, devemos
confrontar sempre o que as pessoas ensinam com o que a Bíblia realmente
diz (I João 2:27), fazermos como os crentes de Beréia.
Origens do dízimo | VOLTAR AO TOPO |
Dízimo é um preceito da LEI de Moisés (Números 18:24),
embora Abraão tenha dizimado antes da Lei, no lugar do número dos
sacerdotes, os quais se encontravam nos seus lombos (Hebreus 7:9-10). O
dízimo passou a ser um pacto (Deuteronômio 12:6-17), um contrato, entre Deus e os israelitas (Deuteronômio 14:22-28).
Todavia, nem os gentios nem nenhum representante da Igreja de Cristo
estava lá para ouvir este pacto, ficando assim, a Igreja atualmente,
comprometida com o dízimo. Porém, como Jesus cumpriu toda a lei (Romanos 10:4), ao estabelecer uma Novo Testamento (Hebreus 8:13), nem mesmo o judeu tem qualquer compromisso com a observância do dízimo, uma vez convertido a Cristo.
DISPENSAÇÃO
É
um período em que o homem é provado na sua obediência a certa revelação
da vontade de Deus. Encontra-se três vezes no Novo Testamento, em Efésios 1:10; Efésios 3:2 e Colossenses 1:25.
POVOS
Nas Escrituras Sagradas: judeus, gentios e Igreja (judeus + gentios).
DÍZIMO
Surgiu
na dispensação da Promessa, de Abraão até Moisés. Deus estava para
estabelecer o número de sacerdotes (10% da tribo de Levi), na
dispensação da Lei, dentre os filhos de Levi, que já se encontravam nos
lombos (no corpo) de Abraão, seriam seus descendentes (Hebreus 7:9-10)
com a finalidade de ministrarem no Templo onde passariam a habitar. Foi
o principal motivo, pelo qual, o Espírito inspirou Abraão a pagar a
Melquisedeque o dízimo (Hebreus 7:4),
referente a 10% dos sacerdotes da tribo de Levi que estavam nos seus
lombos. Quando o dízimo foi instituído na Lei, os levitas ficaram
isentos de pagá-lo, como diz o texto: "…Levi que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão" (Hebreus 7:5-9).
Ficaram
isentos porque o dízimo deles foi pago na pessoa de Abraão a
Melquisedeque, que era a figura do sacerdócio eterno de Cristo. Os
sacerdotes levitas foram os únicos autorizados por Deus, aqui na terra,
segundo as Escrituras, a receberem dízimo (II Crônicas 31:5-6; II Crônicas 31:12; Neemias 10:37 e Neemias 12:44), não o Sistema eclesiástico atual.
Muitos irmãos indagam: “Mas porque Deus tem me abençoado, depois que tenho dado o dízimo?”
Ora, se a Palavra diz que Deus é misericordioso até com os maus (Mateus 5:45),
quanto mais com um filho seu, que é generoso para contribuir na Obra do
Senhor, mesmo que não tenha conhecimento real da profundidade desta
contribuição, sendo o seu coração sincero diante de Deus, Deus o
prosperaria independentemente do que ele oferta ou do que vota. Deus
está mais interessado na misericórdia dos nossos corações, que nos
sacrifícios de nossas mãos, como dito em Mateus 9:13.
Foi extinto o sacerdócio levítico, que era da lei, para que um outro sacerdócio fosse levantado, segundo a Graça, Eterno (Hebreus 7:11-12). Somos livres em tudo, inclusive na forma de contribuir:
Não
há limite de contribuição, é segundo o que você propõe no seu coração,
0% ou 100%. A obrigação do dízimo, não mais existe. É um preceito da Lei
judaica! (II Coríntios 9:7)
Como contribuir? Em Lei ou em Graça?
Para você entender melhor, usamos o seguinte exemplo:
Adultério
- Lei: Para não adulterar, o meio utilizado foi o apedrejamento (Levítico 20:10).
- Graça: Para não adulterar, o meio utilizado foi o amor a Cristo (II Coríntios 5:14).
Contribuição
- Lei: Para contribuir, o meio utilizado foi o medo do devorador (Malaquias 3:10-11).
- Graça: Para contribuir, o meio utilizado é o amor a Cristo (II Coríntios 9:7).
No Adultério e na Contribuição, mudou o meio, mas o objetivo foi o mesmo: Não adulterar e sempre contribuir.
É isto que Deus quer revelar à sua igreja. Você vive debaixo da GRAÇA e não debaixo da LEI!
Porque quando se faz uso da lei estando em graça, para alcançar certo
objetivo, mesmo que certo, mas se o meio utilizado estiver errado, o
resultado é a separação de Cristo e o cair da graça, sendo assim, a
pessoa é obrigada a cumprir toda a lei, como nos afirma o Espírito Santo
através de Paulo em Gálatas 5:3-4. É por este motivo que se torna um erro gravíssimo o uso de Malaquias 3:10 em plena GRAÇA em que vivemos. Neste sentido, Malaquias 3:10
tornou-se, no meio evangélico, “o pezinho de coelho” e “a ferradura da
sorte” para muita gente, principalmente para o Sistema Religioso atual,
que não consegue viver por fé, porque a fé não é de todos (II Tessalonicenses 3:2) é só dos eleitos de Deus (Tito 1:1).
Infelizmente,
muitos se comportam como aqueles que queriam atirar a primeira pedra na
mulher adúltera, provavelmente, se Jesus estivesse aqui diriam:
“Mestre, este irmão ou irmã foi apanhado(a) em flagrante roubo, não tem
dado o dízimo, vive roubando a Deus!" Malaquias 3:10
diz que tais sejam entregues ao devorador e que Deus não deve abrir as
janelas dos céus para abençoá-las. Tu, pois o que dizes?” Creio que
Jesus daria esta resposta: “O que você tem a ver com isso?”. Assim como
ninguém vive perguntando se você é adúltero, também não deve viver
perguntando se você é dizimista. Muitos chegam até ao absurdo a
constranger o irmão ou irmã, expondo-o à vergonha de ter o seu nome numa
relação de não dizimistas pregada na porta da igreja, quando não,
tiram-lhe o ministério ou o discriminam, mas quando é um(a) irmão(ã) que
dá um dízimo elevado, este, muitas vezes, é o mais honrado na igreja.
Notemos o que Deus que fala em Malaquias 3:10 é o mesmo que diz em Malaquias 2:16: “… Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel…”
e quase não ouvimos falar deste assunto nas igrejas. Repetimos: não se
faz aqui, apologia à AVAREZA, porque isso não é de Deus e os avarentos,
diz a Bíblia, não herdarão o Seu Reino, podemos dar até tudo o que
temos, por amor, ao Senhor e isto alegra o coração de Deus: como alegrou
o coração de Jesus observar a viúva pobre que deu tudo o que tinha. O
que é errado é a forma escandalosa e nada cristã, relativa às
contribuições. O crente em Jesus dá com alegria e amor, até mais de 10%,
se puder.
Em Mateus 23:23
Jesus está falando aos fariseus daquela época, não para a igreja, que,
até então, não havia sido totalmente formada com fundamentos da graça, o
ministério de Cristo não havia ainda sido consumado (o véu do templo
não havia sido rasgado!), tanto que Jesus ordenou ao homem que era
leproso para apresentar-se ao sacerdote e fazer oferta pela purificação,
conforme a Lei (Lucas 5:14).
Os
conservadores do dízimo ainda dizem: O dízimo é uma tradição que
devemos manter para não transgredir. O mesmo argumento utilizaram para
Jesus em relação ao Sábado (Marcos 2:24) e o "lavar as mãos antes de comer" (Mateus 15:2). Porque o Sábado fazia parte da Torá (lei judaica) e o "lavar as mãos" fazia parte da Halaká
(comportamento judaico). Veja o que o dinheiro faz, a ponto de
esquecerem que tanto o dízimo quanto o Sábado e o "lavar as mãos" eram
tradições judaicas e não gentílicas. O dízimo passou a ser a única
tradição judaica que o Sistema Religioso vem mantendo até hoje no seio
da Igreja gentílica. Não é um absurdo?
Fazem uma
lavagem cerebral religiosa porque o dízimo é a galinha dos ovos de ouro
para muitos: é a única tradição que traz estabilidade financeira, mas
não para Deus, porque Ele de nada necessita, pois é o dono de todas as
coisas. Nem tampouco é servido por mãos humanas (Atos 17:25).
Infelizmente,
muitas igrejas têm se tornado bem parecidas com a Antiga Igreja Romana,
que usava as indulgências como fonte de lucro, induzindo os fiéis a
contribuírem por medo da maldição, a comprarem sua salvação do Inferno e
do Purgatório. Se um crente amaldiçoado pelo falta do seu dízimo, é
ladrão, como pode estar liberto? Isto nos faz julgar o irmão e afirmar
que o sacrifício de Cristo não foi suficiente na sua vida, como faz a
Igreja Romana.
Pare!… Confira na Palavra e reflita
sobre tudo o que foi escrito aqui, Não permaneça debaixo da lei, mas se
dizimar, faça-o com uma consciência liberta, mesmo que preguem ou façam o
contrário.
A Verdade deve sempre prevalecer, como disse o apóstolo Paulo: “Tornei-me acaso vosso inimigo, porque vos disse a verdade?” (Gálatas 4:16; Romanos 7:4 e Gálatas 5:1).
MENSAGEM DISCORDANTE | VOLTAR AO TOPO |
Graça e paz!
Lendo
o seu texto, cheguei algumas conclusões, as quais exponho aqui gostaria
de um parecer sobre o assunto Dízimo Na discussão deste assunto, iremos
subordiná-lo a três importantes questões:
A) CONTRIBUIÇÃO CRISTÃ TEM DE SATISFAZER A TRÊS REQUISITOS;
A.1) Tem de ser voluntária
Paulo escreve o seguinte em II Coríntios 9:7: “cada um contribua segundo propôs no seu coração; não por tristeza ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria.”,
este texto é a chave de ouro dos antidizimistas, eles vêem aqui uma
arma esmagadora contra método de contribuição na base do dízimo, no
entanto outra coisa não vemos neste texto sagrado senão a voluntariedade
da contribuição, coisa perfeitamente compatível com o sistema do
dízimo, qual a distância entre dízimo e voluntariedade? porventura
crentes pagam o dízimo por imposição ou constrangimento? qual a igreja
que já impôs aos seus fieis a prática do dízimo sob condição, de sua
permanência ou não no rol de membros? logo todos dizimistas o são
voluntariamente, livremente).
A.2) Tem de ser metódica
I Coríntios 16:2
diz que no primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que
puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as
coletas quando chegar, note-se bem a primeira parte deste texto sagrado
“no primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder
ajuntar”. como pode ver de acordo com os preceitos do novo testamento, a
contribuição além de voluntária tem de ser metódica., os que defendem a
voluntariedade da contribuição, a seu modo, via de regra, não tem
método. As suas contribuições quando aparecem, quase sempre são avulsas,
desorganizadas, sempre de acordo com as necessidades da igreja, o que é
contra a Palavra de Deus.a de Deus.
A.3) Tem de ser proporcional aos rendimentos.
Paulo
diz, no texto que estamos considerando "cada um de vós ponha de parte o
que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade", os que não são
dizimistas notaram isto? notaram que a contribuição cristã tem de ser
proporcional a renda do contribuinte? os mensalistas de nossas igrejas
já leram esta passagem? e os contribuintes avulsos que dizem? porventura
os ricos de nossas igrejas estão contribuindo conforme a sua
prosperidade? em geral com algumas exceções são os piores
contribuintes!, quando se levanta uma campanha financeira, um pobre diz:
“eu dou R$ 100.00”, levanta-se um rico e diz “eu dou R$ 10.00”, e
murmura para o seu irmão, sentado ao seu lado: “eu só contribuo, segundo
propus no meu coração”. E mais este contrapeso “eu não contribuo para
me mostrar”. maldita humildade, maldita voluntariedade, mil vezes
maldita! Oh rico escravizado pelo dinheiro).
B) A CONTRIBUIÇÃO CRISTÃ, SE NÃO É IGUAL AO DÍZIMO, TEM DE SER SUPERIOR;
Portanto,
qualquer contribuição que não seja na base x% não é cristã, agora nos
cabe descobrir a incógnita desse x. Suponha, porém, que certo crente que
é liberal resolveu dar, para o sustento do serviço do evangelho 12 ou
15% da sua renda, este método é cristão? É perfeitamente cristão, ele
satisfaz aos três requisitos é voluntário, é metódico e é proporcional
aos rendimentos, mas suponhamos que um irmão resolveu dar 4% do seu
salário, outro que mais liberal decidiu dar 6% ao seu senhor, e outro
compreendeu melhor a doutrina da contribuição resolveu dar 9% de toda a
sua renda.
Qual dos três está certo? Nenhum, os três estão errados!
Esta
maneira de contribuir não está de acordo com as três exigências de
Paulo? Não é contribuição voluntária, metódica e proporcional aos
rendimentos? Sim está. Entretanto, não satisfaz as outras exigências do
novo testamento. daí a razão da afirmação a contribuição cristã, se não
igual ao dízimo, tem de ser superior. o novo testamento é uma infinidade
de mandamentos novos, associados a diversos outros do velho testamento.
Veja um exemplo: em Mateus 5:21 nós lemos: “ouvistes que foi dito aos antigos, não matarás, mas qualquer que matar será réu de juízo” este é o texto da lei, mas o senhor Jesus intercalou os seguintes aditivos – “Eu
porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu
irmão, será réu de juízo. e qualquer que disser ao seu irmão: Raca,
será réu do sinédrio. e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo
do inferno.”
Como pode ver o Sr. Jesus ao
transportar este mandamento para o novo testamento, lhe deu uma nova
interpretação, e lhe ampliou o sentido, tornando-o assim consentâneo com
o espírito da graça.
C) O DÍZIMO É CONTRIBUIÇÃO PERFEITAMENTE CRISTÃ, PROVADA DENTRO DO NOVO TESTAMENTO.
Apresentarei três razões, pelas quais afirmarei que o dízimo é contribuição dentro do Novo testamento:
1º O dízimo de Abrão: (Gênesis 14:18-20), o mesmo assunto está registrado em (Hebreus 7:4-6),
os antidizimistas afirmam que o dízimo não é da dispensação cristã e,
sim da Lei. Aqui o dízimo aparece uns 400 anos antes da lei, e sem
mandamentos divino (Gálatas 3:17), se o
dízimo apareceu, na história do povo de Deus, tanto tempo antes da lei,
certamente, não é criação sua, e muito menos, sua exclusividade. Mas
pensemos um pouco a respeito da pessoa de Abraão e a sua relação para
conosco. Abraão é nosso pai na fé, todo o cap. 4 de romanos nos faz esta
revelação, o ver 16 desse capítulo diz precisamente o seguinte
“portanto, é pela fé, para que segundo a graça, afim de que a promessa
seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à
que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós”. Paulo escreveu em (Gálatas 3:7-9),
“sabeis, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão, ora tendo a
escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios,
anunciou primeiro o Evangelho a Abraão, dizendo todas as nações serão
benditas em ti, não parece dúvida! os crentes de todo o mundo são filhos
do crente Abraão! e Abraão pagou o dízimo! Dele nós temos esta herança
de benção; além da herança da fé. e note-se Abraão pagou dízimo quando
estava na incircuncisão, isto é, quando ainda era gentio. portanto o
dízimo nada tem haver com a lei no tocante a sua origem, pois surgiu
muito antes dela, arranque-se da Bíblia todo o conteúdo da lei e ainda
fica o Dízimo, na sua íntegra exatamente na parte que nos toca a fé e a
justiça de Abraão, de quem, espiritualmente, descendemos.
2º (Hebreus 7:14)
o sacerdócio de Melquisedeque era tão grande que o fez maior que
Abraão, Cristo é maior que Abraão, do que Moisés, e mais sublime do que
os céus: o sacerdócio de Melquisedeque é superior ao sacerdócio de Levi
(da lei) e se prende diretamente a Cristo. Não há dúvida o sacerdócio de
Cristo nada tem a ver com o sacerdócio de Levi, de Arão ou da lei. O
sacerdócio de Cristo é o sacerdócio de Melquisedeque. Portanto, o
sacerdócio de Melquisedeque é o sacerdócio cristão.o cristão.
3º
Em toda questão de ordem moral, espiritual ou teológica, Jesus é
autoridade máxima, e a sua palavra é decisiva. O seu parecer, sobre
qualquer assunto, é suficiente para dirimir a mais intricada questão
doutrinária ou controvérsia religiosa, em torno de qualquer tema
bíblico. (Mateus 23:23) duas coisas
importantes quero destacar nesta passagem. a primeira é a declaração de
Jesus, afirmando que a fé, a misericórdia e o juízo, também pertencem a
lei. Ele diz precisamente, isto “Vós dizimais a hortelã, o endro e o
cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo a misericórdia e a
fé., dizer que o juízo e , especialmente a misericórdia e a fé
constituem o mais importante da lei, é tão maravilhoso que somente o
Mestre Divino poderia fazê-lo, mas é o Senhor quem fala, “cale-se diante
dele a terra.” Agora considere segunda, o Senhor Jesus não era
antidizimista! do seu parecer observa-se, com clareza, que Ele era
favorável ao Dízimo, tanto na vigência da lei, como no regime do
evangelho. segundo, porque o sábado não constitui paralelo com o dízimo,
o dízimo aparece, na bíblia, ligado à historia de Abraão, nos pródomos
da Graça. O sábado não tem nenhuma ligação com ele. na sua biografia,
que se acha registrada nos cap. 1 a 25 de gêneses, nem sequer aparece a
palavra sábado. Abraão sabadista, o dízimo aparece praticado no
sacerdócio de Melquisedeque, o sábado, não. Não há a mínima alusão à sua
observância. o sacerdócio de Melquisedeque, certamente não era
sabadista, portanto não há um paralelo entre o sábado e o dízimo.
Márcio Duarte Santiago (membro da Igreja Evangélica Congregacional de Suzano – SP)
RESPOSTA FUNDAMENTADA | VOLTAR AO TOPO |
Caro Márcio, A Paz do Senhor Jesus!
Jesus
não foi contra a cobrança legal Dízimo, nem a favor, mas sim
indiferente, uma vez que a Lei ainda era praticada: além dos os judeus
serem ignorantes ao Novo Pacto de Deus com os homens na pessoa do Filho,
seu sacrifício não havia sido ainda consumado, rasgando o véu, tanto
que Jesus mandou que os dez leprosos curados fossem apresentar o
sacrifício, em gratidão pela cura como prescrevia a Lei. A referência de
Mateus 23:23 não vem constituída de uma
aprovação de Jesus à cobrança do Dízimo aos gentios, mas sim de uma
repulsa à atitude dos fariseus(que eram judeus) pois desprovidos do
amor, julgavam-se justos por dar seus dízimos até do cominho e da
hortelã (em produtos do campo e não em valores monetários).
A referência inicial de dízimos na Bíblia, a encontramos em Gênesis 14:20, quando Abraão deu o dízimo de tudo a Melquisedeque. Outra referência no livro de Gênesis, a encontramos em Gênesis 28:22,
quando Jacó promete dar o dízimo de tudo o que de Deus receber. É
importante que o irmão perceba que essa determinação tanto de Abraão
quanto de Jacó de dar o dízimo, foi uma decisão muito pessoal deles, que
não a encontramos em Isaque, filho de Abraão e pai de Jacó, nem em
nenhum dos doze patriarcas filhos de Jacó, pois foi algo que surgiu
deles, como poderia acontecer com qualquer um de nós, de tomar uma
determinação de doar, por exemplo: terreno, ou casa ou carros, etc.,
para a obra de Deus, em outras palavras, se alguém se compromete em doar
ou dar alguma coisa , isto é , algum bem material para a obra de Deus,
não é por isso todos os cristãos serão obrigados a agir da mesma forma,
quando na realidade Deus tocou aquele irmão em particular, não deixando
mandamento para que todos procedessem de igual maneira.
Veja irmão que se está falando, em Gênesis 14:20 e Gênesis 28:22,
de dízimos voluntários tanto de Abraão quanto de Jacó, e que não passou
de pai para filho; nem de Abraão para Isaque, nem de Jacó para seus
filhos; tampouco foi por força da lei, e sim, determinação muito pessoal
e individual de cada um.
Ao examinar agora o dízimo por determinação da lei, vemos que conforme Levítico 27:30,
este dízimo não era em dinheiro e sim as dizimas do campo, da semente
do campo e dos frutos das árvores . Este dízimo por disposição Divina
foi dado aos levitas; leia isto em Números 18:21 e Neemias 10:37.
Hoje,
porém, muitos líderes deturpam a palavra de Deus, coagindo os irmãos a
contribuírem, não para destinarem tais benefícios aos pobres como fazia a
Igreja primitiva, mas para serem sócios majoritários, mantendo um alto
padrão de vida com o dinheiro da Igreja doado pelos fiéis, quando o
orçamento cai e seus gordos salários começam a baixar, chamam os irmãos
de ladrões: É como foram chamados os Sacerdotes da época de Malaquias
que roubavam ao Senhor Deus, isso é procedimento cristão? Para
finalizar, não sou contra o Dízimo, sou contra sua imposição e má
administração, tanto quanto sou contra a Avareza, lógico, é correto e
cristão darmos de nossos bens, segundo nossa prosperidade. As “ameaças”
feitas aos irmãos nas igrejas, usando fraudulentamente a Palavra, fazem
as pessoas duvidarem da graça de Deus: achando que Deus só vai gostar
delas (serem abençoadas) se derem 10% ou mais dos seus bens… Ninguém tem
o direito de cobrá-los de ninguém, Jesus não deixou isso como
mandamento, tampouco os apóstolos, não há um versículo sequer no novo
testamento que aponte para isso!
Tudo isso denigre a
essência do Evangelho: os dízimos são exigidos, os irmãos são coagidos
por medo de serem amaldiçoados, os dízimos são mal administrados
(enriquecem os pastores), as pessoas de fora vêem tudo isso e se enojam
do Evangelho. Parece um estelionato psicológico o que fazem nas igrejas
contra as ovelhas do Senhor e você sabe que não estou errada, Jesus
mandaria estes comerciantes embora como fez outrora! …quem sabe um dia…
Que
Deus o ilumine e lhe aumente no conhecimento do evangelho genuíno de
Jesus Cristo, apesar de suas críticas, eu o compreendo, pois um dia já
pensei assim como você, até procurar na própria Palavra se havia razão
nas informações que eu recebi.
Transparência na casa de Deus é essencial!
Bibliografias:
- Rômulo de Almeida, “Origem e fim do Dízimo”.
- Bíblia Sagrada.
Luciana Rodrigues de A. Viana. Engenheira Civil, nascida em 1969 e convertida em 1996. É crente presbiteriana.
Extraído de: Dízimos: Lei ou Graça? http://teophilo.info/guests/englucianadizimo.htm#origens#ixzz35lJAjgj2
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
Fonte: http://teophilo.info/guests/englucianadizimo.htm#origens
Nenhum comentário:
Postar um comentário