sexta-feira, 27 de junho de 2014

1 João 2:12-19



Paulo vê os cristãos como aqueles que formam a igreja de Deus. Já Pedro os vê como os que constituem o povo celestial de Deus e seu rebanho. E João os vê como membros da família de Deus, unidos pela mesma vida que receberam do Pai. Numa família, geralmente os irmãos e irmãs têm idades e etapas de desenvolvimento diferentes, ainda que a relação filial e a parte da herança do caçula sejam as mesmas que as do filho mais velho. O mesmo acontece na família de Deus. Entramos nela pelo novo nascimento (João 3:3), e em seguida normalmente vem o crescimento espiritual. A criancinha que só sabia reconhecer a seu Pai (veja Gálatas 4:6 e Romanos 8:15-17), logo passa à fase da mocidade e seus conflitos. E o que está em jogo nessas lutas é o seu coração: vai apegar-se ao Pai ou ao mundo? "O Maligno" dispõe de três chaves para introduzir o mundo nos corações: "A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida".
Finalmente, o jovem se torna (ou deveria tornar-se) um pai que tem experiência pessoal com Cristo.
O apóstolo escreve mais extensamente aos filhinhos. Por causa de sua inexperiência estão mais expostos a "todo vento de doutrina" (Efésios 4:14). Atentemos para não permanecer como criancinhas a vida inteira!

Fonte: www.ajesus.com.br

Números 23:1-12

Números 23:1-12 


Balaão, que já tinha sido bem-sucedido em estar onde desejava, agora gostaria de persuadir Deus a dizer o que ele queria que o Senhor dissesse. Mas, apesar de seus sentimentos, e para a grande fúria de Balaque, seus quatro primeiros pomposos discursos são transformados em gloriosas bênçãos. Assim também será o resultado final das acusações de Satanás contra os redimidos do Senhor (Apocalipse 12:10). A história de Jó nos ensina que Deus permite tais ataques satânicos para o bem dos Seus. E note que tudo acontece na montanha sem o conhecimento do povo; eles estão totalmente ignorantes tanto sobre as intenções dos inimigos quanto sobre a maneira pela qual Deus iria frustrá-las.
“Eis que é povo que habita só“ (v. 9); essa é a característica principal de Israel, a de ser um povo separado para Deus. Da mesma forma é a verdadeira Igreja e cada crente. O cristão é moralmente separado deste mundo sob julgamento. Ele é separado para o Senhor. “O meu fim seja como o dele”, deseja Balaão finalmente (v. 10). No entanto, para morrer “a morte dos justos”, tem de se viver a vida dos justos. Mas Balaão era um homem inconstante, como muitos outros, tentando servir a dois senhores. Ele dizia temer ao Senhor, oferecia o número perfeito de sacrifícios, enquanto dava ouvidos apenas aos desejos de seu próprio coração.

Fonte: www.beth-shalom.com.br

POR QUE VOCÊ É ATEU?

Naquele tempo estáveis sem Cristo? e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto
(Efésios 2:12-13).



POR QUE VOCÊ É ATEU?






"Um dia, enquanto trabalhava em meu escritório, de repente uma pergunta surgiu em minha mente, como se alguém estivesse conversando comigo: - Por que você é ateu? Estremeci. Era impossível responder. Contudo, conhecia perfeitamente os argumentos que havia aprendido e transmitido a outros. Mas neste momento todos eles me pareciam ocos e sem valor. Pela janela via a agradável paisagem das árvores tropicais e mais acima os cumes arroxeados da cordilheira dos Andes. Mas dentro de mim uma tempestade varria minha alma.
"A "voz" me dizia: - Você pode compreender o mundo material sem Deus, este mundo com sua ordem e unidade? Você pode entender a vida orgânica do mais simples dos seres vivos? O fato de não ter encontrado Deus é uma prova de que ele não existe? Talvez você parou antes de encontrá-Lo, como um homem que busca ouro e deixa de cavar no momento em que está mais perto do veio. Você somente se revirou na lama e na pedra do materialismo.
"No silêncio, eu meditava. Dizer que o mundo se fez por acaso é uma loucura. Dizer que sempre existiu e identificá-lo com Deus. Sim, não persisti em minha busca. Frustrei-me com a conduta de alguns cristãos e reagi rejeitando o próprio Deus.
"Esse dia foi decisivo em minha vida. Não apenas me levou a descobrir que Deus existe, mas que se revela em Jesus Cristo como Pai que me ama e me recebe." (Walter Montano)

Fonte: www.apaz.com.br

Aqui vemos duas condições para receber a coroa da vida

"Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam." Tiago 1.12


Aqui vemos duas condições para receber a coroa da vida





Aqui vemos duas condições para receber a coroa da vida. Primeiro, suportar a provação. Seguir o Senhor Jesus não significa estar livre de tentações. Pelo contrário! Existem as tentações no espírito que muitas vezes são túneis bem escuros pelos quais nós, como filhos de Deus, temos que passar em nossa vida. Nesses momentos parece que o Senhor está bem distante, mas é justamente aí que Ele está bem próximo de nós! Justamente aí a mão traspassada de Jesus nos mantém em pé. Mas também existem as tentações da alma, quando somos colocados em situações que abalam nossas emoções, quando somos afligidos por depressões. Mas está escrito que Jesus mora em nossos corações "pela fé", portanto não por meio dos sentimentos! Além disso, também há as tentações do corpo, em que somos afligidos por poderes da enfermidade. Porém o Senhor Jesus é o grande médico.
A segunda condição para receber a coroa da vida é que O amemos. Podemos crer em Jesus, podemos falar dEle com convicção, podemos nos esforçar para segui-lO, mas o Senhor tem interesse, em primeiro lugar, que O amemos de verdade. Você ama a Jesus? Seu coração bate mais rápido quando se lembra dEle? A Palavra de Deus promete: "O Senhor guarda a todos os que o amam."

Como entender corretamente os textos proféticos da Bíblia?

Como entender corretamente os textos proféticos da Bíblia?

 

 

Dr. Wolfgang Nestvogel

Israel como exemplo de caso

A existência do Estado de Israel tem algum significado teológico relevante para nós? Ou é apenas um fato político “normal” sem relação direta com a história da salvação divina e com nosso entendimento bíblico? Essas duas posições diferentes são defendidas por cristãos que se consideram fiéis à Bíblia. Na história da interpretação bíblica o caso de Israel sempre foi emblemático e desempenhou um papel-chave para entender o que a Bíblia diz e demonstra como lidar com outros textos proféticos: Jesus estabelecerá um reino de mil anos de paz (o Milênio)? As profecias ainda não cumpridas do Antigo Testamento se cumprirão literalmente? A Igreja de Jesus substituiu o antigo povo de Israel?
Usar Israel como exemplo de caso adequa-se para estudar e entender qualquer outro texto profético da Bíblia. Dentro da brevidade aqui exigida tentaremos analisar as questões hermenêuticas (relativas à interpretação) que devem ser esclarecidas se quisermos compreender corretamente o que a Bíblia tem a declarar acerca do futuro.

1. Os dois polos na questão de Israel: substituído pela Igreja ou promessas concretas para o futuro do antigo povo de Deus?

Vamos limitar-nos à comparação entre essas duas correntes antagônicas sem entrar no fato de que nos dois “campos” existem ainda mais diferenciações e variantes.
a) Teologia da substituição: as promessas feitas a Israel e ainda não cumpridas foram transferidas à Igreja de Jesus. Promessas terrenas (como o retorno à terra de Israel) não se cumprirão literalmente; elas foram transferidas simbólica e espiritualmente à Igreja do Novo Testamento. Essa posição é conhecida como a Teologia da Substituição, já que substitui o povo de Israel (como etnia) pelo Israel “espiritual”, a Igreja. Dentro dessa concepção o retorno do povo de Israel à sua terra não teria qualquer significado profético no plano divino de salvação.
A tese de que a Igreja substituiu Israel é um elemento básico no Amilenismo, que ensina que não haverá um reino de mil anos literal (Milênio). Segundo essa corrente, aquilo que Apocalipse 20 descreve já começou por ocasião da primeira vinda de Jesus e perdurará até Sua volta. Essa é a posição clássica da teologia reformada (e em parte da luterana).
Com isso desaparecem quase todas as diferenças entre o Antigo e o Novo Testamento, a Aliança Abraâmica vale tanto para Israel como para a Igreja (“Teologia Aliancista”). Segundo Calvino, o Israel do Antigo Testamento já era a Igreja “como que na infância” (Institutas II, 11.2). O “Israel verdadeiro” é absorvido pela “Igreja de Jesus”, existe apenas uma “comunhão dos crentes, e essa comunhão existia desde o início da antiga ordem até o tempo atual e existirá na terra até o fim do mundo”.[1]
b) Cumprimento literal: as promessas ainda em aberto para Israel como povo se cumprirão literalmente no futuro. Delas fazem parte a conversão do remanescente (“todo o Israel”, Rm 11.26) ao Messias em conexão com a volta de Jesus e então sua existência sem opressão em sua própria terra (“restauração de Israel”). Dentro dessa perspectiva, o retorno do povo secular à terra de Israel depois da Segunda Guerra Mundial faz parte do cumprimento do plano divino. E esse retorno cria as condições para os futuros eventos de Zacarias 12 a 14.
Dentro da perspectiva literal, o retorno do povo secular à terra de Israel depois da Segunda Guerra Mundial faz parte do cumprimento do plano divino.
Dentro dessa perspectiva esperamos um cumprimento literal das promessas de um reino milenar, para cujo estabelecimento o Senhor voltará. Essa é a posição do Pré-Milenismo (Jesus virá antes do estabelecimento do Milênio real). Na Europa essa posição ficou mais conhecida como Dispensacionalismo.[2] Mas nesse debate não deveríamos nos ater a “rótulos”, já que não existe um Dispensacionalismo fechado, mas diversas variantes agrupadas em volta de uma idéia central.[3] Repetidamente os detratores do cumprimento literal esboçam a caricatura de um Dispensacionalismo extremado. Aí surge a impressão de que todos os que esperam pela restauração de Israel e por um Milênio literal também apóiam doutrinas dispensacionalistas particulares (por exemplo, que o Sermão do Monte se aplica somente ao Milênio...). Esse definitivamente não é o caso!
Com isso chegamos a um resultado intermediário: as posições “a” e “b” se excluem mutuamente e exigem um posicionamento. Que pontos de orientação nos seriam úteis nessa tomada de posição?

2. A posição reformada acerca das Escrituras: retorno ao sentido literal da Bíblia.

Um propósito central dos reformadores era o retorno a um entendimento claro da voz das Escrituras (claritas scripturae). Isso exigiu da parte deles uma postura firme contra a arbitrariedade na exegese das Escrituras que se instaurara ainda nos primeiros séculos da História da Igreja. Na época, ao invés de aceitar o sentido literal dos textos como determinante, buscava-se um sentido “múltiplo” no que as Escrituras declaram. Com isso abriram-se as portas para todo tipo de alegoria (simbolismo), espiritualização e reinterpretação do texto sagrado. Isso conduziu a uma deturpação das verdades que Deus havia revelado aos escritores da Bíblia.
Um dos protagonistas dessa “espiritualização” foi Orígines, um dos pais da Igreja (185-254), posteriormente criticado duramente, e com justiça, por Martim Lutero. À alegoria e à arbitrariedade na exegese de textos bíblicos os reformadores contrapunham sua reivindicação central: válido seria o sentido simples e evidente das Escrituras, o sentido “literal”. Segundo essa idéia, um texto bíblico deve ser interpretado da forma mais próxima possível de seu sentido original, o mais perto possível daquilo que seus autores originais queriam dizer, sempre levando-se em consideração a gramática, o uso idiomático e o contexto da passagem.

3. Como os reformadores entendiam Israel

Tendo em vista essa regra de aceitação do sentido literal de uma passagem bíblica, é surpreendente que os principais reformadores não a aplicaram quando se tratava da questão de Israel. Enquanto Lutero, em sua antiga interpretação de Romanos (de 1515 a 1516) ainda dizia que no fim dos tempos uma grande parte do povo judeu como “remanescente” étnico (como coletividade nacional) iria converter-se a Jesus, mais tarde afastou-se dessa interpretação. Calvino também explicou Romanos 11.25ss. – contrariando o sentido literal e o contexto – como a comunidade de judeus e gentios que viriam a crer em Cristo no decorrer de toda a história eclesiástica. Isso correspondia à sua idéia de uma só Igreja “desde o princípio até o fim do mundo” (veja o Catecismo de Heidelberg, pergunta 54).
Como foi possível essa “desapropriação” de Israel, com suas promessas especiais transferidas para a Igreja? Certamente as questões escatológicas não foram as que mais ocuparam a atenção dos reformadores. As batalhas teológicas mais decisivas aconteciam em outras áreas, especialmente na questão da salvação e acerca da doutrina da justificação.
Na área da Escatologia os reformadores ficaram presos à posição encontrada em Agostinho, um dos pais da Igreja (354–430). Mas já antes dele, ainda no segundo século, a igreja primitiva tinha começado a ver a si mesma como única herdeira das promessas feitas a Israel (carta de Barnabé, Justino Mártir). Oríogenes, com seu método alegórico, forneceu as ferramentas que possibilitaram transferir para a Igreja as passagens que eram destinadas a Israel. Mais tarde, a Igreja Católica Romana defendeu seu poderio e sua suposta eleição com todos os meios possíveis e imagináveis. Ela já não tinha o mínimo interesse em devolver as promessas feitas a Israel a seus verdadeiros e originais destinatários. Em seu reino milenar presente (amilenismo!), Cristo já estaria há muito reinando através do papado.
Enquanto Lutero, em sua antiga interpretação de Romanos (de 1515 a 1516) ainda dizia que no fim dos tempos uma grande parte do povo judeu como “remanescente” étnico (como coletividade nacional) iria converter-se a Jesus, mais tarde afastou-se dessa interpretação.
Pelo menos na questão do Milênio, nos três primeiros séculos a Igreja antiga ainda tentava preservar a substância bíblica, mantendo a doutrina de um Reino futuro. No mais tardar com Agostinho começou, também nessa questão, um afastamento do sentido literal da Escritura, e esse afastamento tornou-se predominante em toda a Igreja. E os reformadores, mais de mil anos depois de Agostinho, pelo visto não dispunham do tempo nem da necessária clareza para impor a validade de seus princípios escriturísticos à questão de Israel. Hoje, quem quiser se reportar conseqüentemente à Reforma nesse sentido, precisa ir decididamente além dos reformadores e aplicar a literalidade do texto sagrado a todas as questões, inclusive à questão de Israel. Caso contrário, ficará preso a um confessionalismo tradicionalista.

4. O sentido literal de textos proféticos

O leitor da Bíblia encontra-se diante de uma alternativa bem clara: estou disposto a deixar que o texto fale por si mesmo ou leio o texto bíblico através do filtro de um certo sistema teológico? É óbvio que nenhum leitor da Bíblia se aproximará do testemunho das Escrituras completamente isento do conhecimento que já tem e das convicções já formadas em seu coração . Cada um de nós tem a tendência de considerar sua própria explicação como a opção correta (até então), que também deveria fazer sentido para todos os outros.
Apesar desse elemento humano, a Palavra de Deus comprovou sua força fazendo-se entender e se impondo como verdade, mesmo diante dos maiores disparates.
Vejamos um exemplo para comprovar essa afirmação: o Antigo Testamento constantemente associa a renovação do coração do povo judeu com sua volta à terra. Sobre isso basta ler Ezequiel 36.24-28; Ezequiel 37.12-26; Amós 9.11-15 (comp. Jr 16.15; 23.8; 24.6; 31.8,23-34). Quem estudar esses textos encontrará declarações bem claras do Deus vivo acerca de Israel, Seu povo escolhido. A base para ligar a salvação com a terra é a Aliança Abraâmica (Gn 13.15; Gn 17.6-8, etc). Essa aliança é incondicional, ou seja, não impõe condições para ser válida nem depende da obediência de Israel. Como Deus iria invalidá-la?
No Novo Testamento essa promessa feita a Israel volta a ser reafirmada e não há uma palavra sequer dizendo que ela foi revogada ou invalidada, nem mesmo quando trata da unidade entre judeus e gentios formando juntos a Igreja (Ef 2.11ss.; Rm 11.17-24). E quando, por exemplo, Tiago cita em Atos 15.15-20 a promessa de Amós 9.11-12 feita para Israel nos tempos finais, ele não afirma, de forma alguma, que essa promessa já se cumpriu na Igreja ou com a Igreja. O que Tiago mostra ao citar essa passagem é que os planos futuros que Deus tem para Israel de forma alguma representam algum prejuízo para os gentios: se Deus, no futuro, plantar definitivamente Seu povo na terra de Israel, isso também será uma bênção para os gentios. Isso combina e se harmoniza perfeitamente (At 15.15), de forma que não podemos nem devemos excluir da Igreja os gentios convertidos nem considerá-los “cristãos de segunda categoria”. Os dois casos (cumprimento futuro da promessa de Amós e o atual ajuntamento da Igreja) são regidos pelo mesmo princípio: a bênção de Deus para judeus e a bênção de Deus para os gentios não são excludentes; elas incluem a ambos.
No Novo Testamento não há um único texto questionando a validade das promessas do Antigo Testamento feitas a Israel. Tudo o que o Novo Testamento diz sobre Israel e seu futuro converge para sua conversão a Jesus como seu Messias e a um cumprimento abrangente e pleno de todas as profecias. Numerosas afirmações (por exemplo, Mt 19.28; Mt 23.37-39; Lc 21.24; Lc 22.30; At 1.6; Rm 11.25-27) reforçam a esperança de Israel porque foram feitas pelo próprio Senhor Jesus (e depois confirmadas por Paulo).
Jacob Thiessen fez uma análise mostrando como são sólidas as fontes neotestamentárias garantindo uma restauração final de Israel (Israel und die Gemeinde [Israel e a Igreja], 2008). E Michel J. Vlach provou em sua dissertação que, onde o Novo Testamento complementa promessas do Antigo Testamento e as aplica a situações atuais (por exexemplo Amós 9.11ss. em Atos 15.15ss.), isso nunca acontece de forma a anular seu sentido original ou literal nem as retira de Israel.[4]
Por isso, sempre vale a pena batalhar pelo literalismo bíblico, inclusive quando a questão é Israel. O que está em jogo não é nada mais, nada menos que a fidelidade das promessas de Deus, que não deixará ao léu a menina dos Seus olhos (Zc 2.12; Dt 32.10). Igualmente em jogo está a nossa própria fidelidade para com o sentido verdadeiro do texto sagrado. Quem se desvia dele para satisfazer algum sistema teológico corre o risco de repetir o mesmo erro em outras áreas. Que Deus nos proteja disso! (Dr. Wolfgang Nestvogel )
Wolfgang Nestvogel é pastor da Igreja Evangélica Professante de Hannover (Alemanha).

Notas:

  1. L. Berkhof, Systematic Theology, 1969, p. 571.
  2. Todo dispensacionalista também é pré-milenista. Mas a afirmação não é válida ao inverso: existem pré-milenistas que não compartilham de certas posições dispensacionalistas. Por isso existe a diferenciação entre pré-milenistas “dispensacionalistas” e “históricos”.
  3. Bíblia de Estudo Scofield documenta o dispensacionalismo clássico da geração mais antiga enquanto um autor importante como John Walvoord defende um dispensacionalismo revisado, e outra diferenciação acontece no dispensacionalismo progressivo (a partir de 1986), defendido por C.A.Blaising e outros.
  4. Michal Vlach, The Church as a Replacement of Israel? An Analysis of Supersessionism, Frankfurt, 2009.
Fonte: -http://www.chamada.com.br

Procurem fazer o que é certo Amós 5.11-15

Procurem fazer o que é certo

Amós 5.11-15

 
Vocês exploram os pobres e cobram impostos injustos das suas colheitas. Por isso, vocês não vão viver nas casas luxuosas que construíram, nem chegarão a beber o vinho das belas parreiras que plantaram. Eu sei das muitas maldades e dos graves pecados que vocês cometem. Vocês maltratam as pessoas honestas, aceitam dinheiro para torcer a justiça e não respeitam os direitos dos pobres. Não admira que num tempo mau como este as pessoas que têm juízo fiquem de boca fechada!
Procurem fazer o que é certo e não o que é errado, para que vocês vivam. Assim será verdade o que vocês dizem, isto é, que o SENHOR, o Deus Todo-Poderoso, está com vocês. Odeiem aquilo que é mau, amem o que é bom e façam com que os direitos de todos sejam respeitados nos tribunais. Talvez o SENHOR, o Deus Todo-Poderoso, tenha compaixão das pessoas do seu povo que escaparem da destruição.
 
 
Fonte: www.sbb.org.br

QUÉM CRIOU O MAL? DEUS OU SATANÁS?

QUÉM CRIOU O MAL? DEUS OU SATANÁS?


Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos

QUÉM CRIOU O MAL? DEUS OU SATANÁS?

 Existe uma pergunta no meio da cristandade, e até fora dela, quem criou o mal, qual é a sua origem, alguns questiona e diz que foi Deus que criou o mal baseados nos textos de (Gênesis 2.17; Provérbios 16.4; Isaias 45.7). Como certo site http://www.webartigos.com/artigos/satanás-nunca-foi-lucifer-a-verdade-sobre-a-origem-do-mal/#íxzz1wAcEQXKY.
Portanto, toda a história de que houve um “Universo de Deus” onde Satanás (Lúcifer) vivia em perfeita harmonia com Ele etc. Como é pregado por ai e é descrita em vários livros como, por exemplo, no livro intitulado “Patriarcas e profetas”, não passam de mais uma história que saiu da mente fantasiosa de seu autor, uma vez que não há a mínima fundamentação bíblica que demonstre isso. Todas as pessoas que acredita nisso estão sendo, na verdade incoerente com a Bíblia e com as próprias palavras de Jesus e do apóstolo João.
Acredito que o motivo da disseminação de toda essa história, de universo paralelo e anjo decaído, é o de mascarar a verdade de que o próprio Deus é o criador do Mal. As pessoas mentem ao tentar caracterizar Deus apenas como o criador do bem e que o mal jamais procedeu e jamais procederá Dele. Para tentar justificar isso criaram toda essa história, afim de que a origem do mal fosse proveniente de Satanás, e não de Deus.
Verdadeiramente só existe um criador de todas as coisas e ele é Deus. Foi quem criou o bem e foi ele, também, que criou o mal e as trevas. Deus criou Satanás do jeito que ele é e sempre foi, sem essa fantasia de anjo do bem.
Pois acho pouco provável ter havido o mal sem que houvesse Satanás, uma Vez que ele é o mal propriamente dito. Ele é a criação e não o criador, ou seja, ele é o mal e não o criador do mal. O criador é o único Deus. Mas de uma coisa esteja certo, leitor, ele foi criado por Deus na mesma semana que o homem assim foi.
E daí acredita que foi Deus o autor do mal, outros vêem a existência do mal com suas misérias e desolação, e põem em duvida como isto possa ter existido sobre o Reinado de um ser que é infinito em sabedoria, poder, amor, e onisciência, e se aproveita disso como escusa para rejeita as palavras das sagradas escrituras, como eles muitos teólogos e filósofos ficam perplexos acerca da origem do mal, e dizem que a Bíblia não explica tal origem, do mesmo modo ocorreu com os três amigos de Jó, eles cometeram o mesmo erro ao deduzir que foi Deus que havia trazido aquele mal sobre Jó, assim como o próprio Jó pensou (Jó 2.10).
Examinando as explicações de muitos pensadores acerca da origem do mal, vemos que todas as suas respostas não preencheram o vazio do leitor, homens como, “Epicuro”, que diz, ou Deus pode impedir o mal e não o faz, e com isso não é bom, ou então quer impedir o mal e não consegue, portanto não é o todo-poderoso, Lins, Estrong, e Agostinho diz que o mal não foi criado por Deus, o mal é apenas a privação, ou ausência do que é bom, e até mesmo algumas religiões e seitas como o Budismo, Ciência Cristã, e entre outras esboça a mesma preocupação acerca da existência do mal, o problema do mal tem sido uma preocupação central dos filósofos e de todas as grandes religiões, desde os fins do século quarto.
Porém devemos deixar de lado os pensamentos desses filósofos que delira sobre seus diplomas, e buscar resposta na Bíblia que é a única fonte onde encontramos todas as respostas conclusivas que satisfaz nosso ser, porque a Bíblia é a palavra de Deus (Marcos 7.13). Ela é o livro do Senhor (Isaias 34.16). E leite para as crianças (1 Coríntios 3.2). E pão para os famintos (Deuteronômio 8.3; Isaias 55.10). E comida sólida para os adultos (Hebreus 5.12.13). E é, exclusivamente a revelação de Deus para seus servos (Apocalipse 1.1). E se é revelação nada pode ficar encoberto, (Colossenses 1.26.27). “Porque Deus não é Deus de confusão”, (1 Coríntios 14.33).
Porém quanto o enigma da origem do mal, devemos ir mais além da queda do homem descrita em (Gênesis 3.1-7).Temos que ir a uma era, “Escatológica”, e fazer uma retrospectiva e colocar nossa atenção naquilo que aconteceu no mundo angelical, Deus na sua infinita sabedoria criou um exército de anjos e todos eles eram bons, porque as escrituras afirma que tudo quanto Deus criou era muito bom (Gênesis 1.10.12.18.21.25.31). E entre eles Deus criou um anjo especial a quem tomou uma posição de destaque e Deus o batizou de, “LÚCIFER”, Lúcifer, palavra de origem hebraica, (הילל בן שחר). Que significa “estrela da manhã”, “estrela da alvorada”, “luz da alvorada”, o “resplandecente”, “guarda”, “cobridor”, (Gênesis 3.24; Isaias 14.12-15). E no latim, significa, “portador da luz”, esta palavra é formada de, “Lucis = luz”, e “ferre = trazer”. Também uns de seus nomes no original é, “Heylel”, Que quer dizer, “portar a luz”, “ou aquele que carrega a Luz”.  
As escrituras revelam que esse ser era dotado de grande sabedoria e ocupava uma posição de destaque, ele era o Querubim ungido, o anjo da primeira hierarquia, esse Querubim era Santo e incontaminado (Ezequiel 28.12). Podemos deduzir que antes de sua queda Lúcifer tinha uma qualificação de alta classe (Ezequiel 28.13.14). A Bíblia mostra que na criação havia paz e júbilo por todo universo (Jó 38.7).
Porém com ao passar do tempo mesmo com a posição elevada que ocupava no céu, já não lhe era suficiente, ele anelava se igual a Deus (Isaias 14.14). Daí Lúcifer já mantinha uma falsa aparência de veneração para com Deus, ele com sua falsa aparência alegava não está pretendendo a exaltação própria, mais a Bíblia diz que ele a si mesmo se exaltava (Ezequiel 28.2-6). Porque a cada momento que se passava esse ser foi afastando-se do seu criador, e o espírito de resistência prevaleceu, ele permitiu que a inveja e o orgulho o alimentassem. Daí ele começou trazer ruínas sobre si mesmo, ele prosseguiu entregando-se por completo na grande luta contra seu criador, toda sua capacidade e virtude fora então aplicada á obra de engano, ele deixou que o orgulho dominasse todo seu interior, o qual foi o motivo da origem do mal, o qual podemos compreender o bastante a luz da Bíblia.
O orgulho de Lúcifer é o único motivo de conhecemos a razão da origem do mal, estudando os textos de Isaias 14.14.13; e Ezequiel 28.2-16, ali encontramos as qualificações, privilégios, e honras, que lhe eram atribuídas, passamos a analisar cada um desses textos.
(v.2). Ele é chamado de, “Príncipe”, esta palavra e usada para designar uma pessoa que pertence a uma família soberana, da alta linhagem, essa qualificação pertencia a Lúcifer quando ele chefiava todos os exércitos dos anjos de Deus, esse titulo de soberano estava sobre ele.
(v.12). Neste versículo ele é chamado de o, “Aferidor da Medida”, essa expressão significa que ele era a imagem perfeita da criação divina, uma imagem refletida em si mesmo, que lhe conferia o privilégio de ser a mais bela e inteligente criatura de Deus, nele se encontrava a medida perfeita da criação, daquilo que Deus queria que ele fosse.
(v.13). Nesse texto encontramos a expressão, “Estava no Éden jardim de Deus”, a referência sobre pedras preciosas existentes no jardim do Éden tem um sentido figurado para ilustrar os privilégios que essa criatura gozava, o ornamento de pedras preciosas desse personagem significa a grandeza, beleza, e honra de sua aparência, ainda analisando o versículo 13, encontramos a menção, “no dia em que foste criado”, com essa declaração entendemos que Lúcifer é um ser criado por Deus, e como criatura, Deus não lhe dava o direito de imaginar ser tão superior a ponto de querer ser igual a ele, ou até acima dele.
(v.14). Encontramos uma alusão que diz, “Querubim Ungido”, para proteger, segundo a Bíblia os Querubins são designado por Deus para proteger (Gênesis 3.24). Ele era o único Querubim ungido que tinha deveres especiais, estava repleto de autoridade sempre ao serviço de Deus, com essa qualificação entendemos que Lúcifer pertencia a mais alta classe de seres angélicos, sua relação com Deus manifestava e mostrava que ele tinha uma função especifica de proteger o trono de Deus.
(v.15). Esse texto mostra que ele era perfeito nos seus caminhos, a palavra “Perfeito”, indica que Lúcifer era um ser completo, inteiro, e isento de qualquer maldade desde o dia em que foi criado.
(v.16). A menção, “Na multiplicação do teu comércio”, entendemos que essa expressão indica que Lúcifer era possuidor de elevada distinção e detentor de honrosos títulos e posições muito antes de sua queda.
Examinando cada um desses textos cuidadosamente encontramos em Isaias 14.12, que ele é chamado de, “Estrela da Manhã Filho da alva”, essa referência representava Lúcifer em seu primeiro estado original, ele possuía esta característica, com todos esses privilégios que lhe era conferido não lhe satisfez, ele queria muito mais, ele permitiu que o orgulho o dominar-se, ele encheu seu interior de iniqüidade, e foi ai que aconteceu a grande catástrofe, ou seja, a origem do mal, com todas essas virtudes ele imaginou que seu poder era suficiente para se igualar ao poder de Deus, ou até superar-lo. Porém a Bíblia mostra que Lúcifer enganou-se acerca de seu poder nas hostes angelicais, imaginando-se superior a todos os demais anjos criados, pretendendo tomar o lugar que é exclusivamente de Deus, ele mudou por completo, Lúcifer deixou que o seu interior se encher-se de iniqüidade, observem a expressão, “Até que se achou em ti iniqüidade”, (Ezequiel 28.15). Essa palavra, “Iniqüidade”, designa tudo quanto é mal, seja, iníquo, ímpio, pecado, sofrimento, maldade, desobediência, injustiça, perversidade, Etc. A palavra hebraica para “maldade ou iniqüidade”, é rekullah, que significa, “comércio”, ou “negócio”. Como salientou o escritor Richard Davidson: “comércio propagado” referindo-se a bens ou à maledicência. Ele porém optou para maledicência. Portanto aqui Satanás propagou a maledicência entre os anjos a respeito de Deus. A controvérsia no mundo angelical se propagou com a maledicência, caluniando como injusto o caráter de Deus. Daí a Bíblia mostra que o mal teve origem no coração de Lúcifer, toda formação foi planejada por ele, Lúcifer é o autor do mal, segundo os textos que vamos mostrar foi ele que inaugurou este princípio sombrio, no texto de Isaias 14.13.14, ele nos revela as aspirações mal de Lúcifer.
(v.13). “Eu subirei ao céu”, esse texto afirma que Lúcifer tinha uma tentativa em seu interior de está acima de toda a criação, e até mesmo do próprio Deus, Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, quando ele se expressou as estrelas de Deus, Lúcifer estava referindo-se aos demais anjos criados, aos milhares de milhares e milhões de milhões, aos exércitos dos céus, as multidões dos exércitos celestiais, como está escrito (Jó 38.7; Deuteronômio 33.2; Daniel 7.10; Apocalipse 5.11; Hebreus 12.22; Neemias 9.6; Salmo 33.6; Lucas 2.13). “No monte da congregação me assentarei”, o monte da congregação, esse temo significa o lugar santo onde habita o trono de Deus (Salmo 15.1). Era esse lugar que o usurpador rebelde queria assentar-se.
(v.14). “Subirei acima das mais altas nuvens, quando ele referiu-se as mais altas nuvens estava dizendo acima de toda glória, e honra, que é exclusivamente de Deus, mais uma vez Lúcifer revela a sua má intenção de orgulho, e de superioridade, Serei semelhante ao altíssimo”, aqui está á revelação mais grave das aspirações de Lúcifer, ele queria colocar-se em uma posição unilateral em relação a Deus, ele não Desejava ser igual a Deus em caráter, seu desejo era assumi sua posição, se esquecendo que nenhuma criatura pode ser no sentido literal e original da palavra de Deus, ser semelhante a Deus, porque está bem claro (...), “Conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1.26). Toda criatura deve entender que quando Deus referiu-se imagem e semelhança, Ele estava passando uma de suas dádivas, ou seja, as qualidades éticas e morais como santidade, retidão, amor, justiça, sabedoria, coisa que Lúcifer desprezou.
Lúcifer com sua cobiça sem controle de querer ser igual a Deus caiu em condenação, ele pela sua formosura e sabedoria deixou que o seu coração se elevar-se contra Deus, a Bíblia mostra que ele encheu o próprio coração de violência e pecado profanando o santuário o qual protegia (Ezequiel 28.16-18). Foi através desse anjo que o mal teve origem, ele não se conformou com os privilégios que tinha e tomou oposição contra Deus, apesar dos altos privilégios que Deus lhe havia conferido, de príncipe, aferidor da medida, sempre estava no Éden Jardim de Deus, todas as pedras preciosas era sua cobertura, era o Querubim ungido, perfeito, formoso, e sábio, ele não levou em conta estas dádivas, e se rebelou contra Deus, e daí ele entrou em luta com seus anjos contra Miguel, quando a Bíblia fala seus anjos, ela fala a terça parte dos anjos que ele conseguiu ludibriar (Apocalipse 12.4). Mais eles não prevaleceram nem mais seu lugar se achou nos céus (Apocalipse 12.8). Foram expulsos dos céus (Apocalipse 12.9). E os céus sentiram grande alegria (Apocalipse 12.12). E os restantes dos anjos que não se uniram a ele na insurreição contra Deus estão agora num estado de Santidade em glória nos céus na presença de Deus (Mateus 18.10; Apocalipse 5.11). Essa foi à origem do mal, e o fim trágico do Querubim ungido.
Mais alguns questiona porque Deus não destruiu esse ser quando ele estava principiando o mal no seu coração, porque Deus permitiu que ele fosse adiante com o mal, para entendemos esse ponto é preciso muito raciocínio do seguinte modo, Deus o soberano criador de todas as coisas e regente supremo de todo universo, na criação dotou tantos os homens quantos os anjos com o livre-arbítrio do qual vem à capacidade de, “Agir, “Discernir, “decidir”, Deus criou suas criaturas dotada de inteligência da qual lhe dá condições de discernir entre a natureza Santa, e a pecaminosa, essa conduta é livre na vida de cada criatura, daí já se explica o nome que mais tarde Lúcifer adquiriu em sua rebelião que foi, “Diabo”, palavra oriunda do Grego que significa, “Acusador”, “ou Caluniador”, a própria Bíblia prova isso (Zacarias 3.1; Apocalipse 12.10). Nenhuma criatura antes de Lúcifer conhecia o mal, mais só o bem, mais esse anjo mal acusou Deus de tirano e de submeter leis impossíveis de seres cumpridas, por isso Deus deu tempo para ele reavaliar suas más idéias, devemos entender se Deus estivesse imediatamente destruído Lúcifer, como Deus poderia provar aos seres criados que ele é o soberano e não tirano, daí parava a dúvida e todos acreditariam que o anjo rebelde tivesse com a razão, e todos passaria a obedecer a Deus por temor, e não por amor.
A Bíblia diz que Deus é sábio, e não é um Deus de confusão (1 Coríntios 14.33). E daí porque Deus não destruiu Satanás de imediato, vamos raciocinar segundo há analogia para chegamos a uma conclusão, vamos imaginar um grande julgamento, onde o réu está muito ansioso para atrasar o processo, insinuando que o juiz não é honesto do modo como preside justiça no seu tribunal, e até insinua ao jure que o juiz tem a mania de subornar os jurados, e faz de suas criaturas fantoche e se não lhe obedecer, ele julga condenando-o a prisão perpetua, por isso o juiz permite que inúmeras testemunhas disponham do processo.
O juiz por ser justo dá mais um tempo, mesmo sabendo que o processo é complexo, e causará muita inconveniência, sua vontade sempre foi encerrar o caso sem demora, mais ele percebe que para chegar a uma posição estabelece uma prorrogação para possíveis casos direcionados ao futuro, para as duas partes envolvidas que devem exigir tempo suficiente para apresentar seus argumentos.
Portanto para responder a acusação desse réu, ou seja, de “Satanás”, Seria necessário um longo tempo, para que os jurados, ou seja, os anjos e os humanos analisar-se quem é que estava com a verdade, Deus que foi acusado de tirano, por Satanás que insinuou que Deus abusa de sua autoridade, e para provar tudo isso que é mentira, seria necessário mais que um duelo de força, porém Deus que é onisciente, e tem toda autoridade, deu inicio a um processo para exterminar qualquer dúvida.
Porém Deus com seu principio teocrático e perfeito, deixou que o réu mostrar-se suas defesas, dando-lhe um espaço de tempo as testemunhas desse réu que é o tempo, para que as testemunhas do lado oposto, ou seja, os anjos e os humanos conhecer-se bem qual é seu caráter, Deus sabem muito bem que enquanto esse processo se alastrar, os seres humanos vão continuar sofrendo, Deus tem plena consciência que enquanto este procedimento estiver em andamento haverá um grande sofrimento, mais em breve ele encerrará o caso (1 Coríntios 15.24-26).
Deus é infinitamente sábio, e não deixará nenhuma dúvida, ele deixou que Lúcifer seguir-se seu curso, antes de exterminar-lo, porque a Bíblia mostra que nenhum juiz julga, o condena um réu se primeiro mostrar seus feitos (João 7.51). Portanto hoje ninguém nos céus, nem na terra, nem no Hades tem a menor dúvida que Lúcifer estava errado sobre Deus, Deus permitiu que ele prosseguisse até o momento certo para que todos ficassem cientes que ele é mentiroso (João 8.44). Homicida (João 8.44). Não se firmou na verdade (João 8.44). E que desde o principio ele peca (1 João 3.8). E que toda iniqüidade começou com ele (Ezequiel 28.15). Hoje a Bíblia prova que Deus é justo, e julgará Lúcifer e seus anjos, sem nenhum receio de culpa, porque a Bíblia diz, “Que não há injustiça da parte de Deus”, (Romanos 9.14). Deus permitiu que o mal surgisse não que ele seja o criador do mal, mais para que nós escolher-se o bem. Ele permitiu que existissem as trevas, para que nós escolher-se a luz, permitiu que existisse a mentira para que nós escolher-se a verdade, permitiu que existisse o erro para que nós escolher-se o certo, permitiu que existisse as enfermidades para que nós escolher-se a saúde, permitiu que existisse a maldição para que nós escolher-se a bênção, permitiu que existisse o abismo para que nós escolher-se a planície, permitiu que existisse a forme para que nós buscássemos a fartura, permitiu que o mal seguir-se a diante, mais com um porém não sendo seu criador porque só assim ele estaria na mesma sentencia de morte com suas criaturas, como está escrito “São digno de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” (Romanos 1.32). 
A Bíblia não deixa nenhuma sombra de dúvida sobre a origem do mal, sobre o texto de Isaias 45.7, que diz, “Eu formo a luz e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal, eu o Senhor, faço todas estas coisas”, para muitos e estranho encontrar versículo como esse, será que Deus é criador do mal, será que Deus seria responsável por tudo de ruim que acontece com a humanidade, é obvio que não, analisando esse texto a luz da Bíblia, não há nenhum problema, basta observar a expressão, “CRIO”, está no presente e não, “CRIEI”, no passado, tal versículo não está se referindo ao mal de forma geral, porque se assim fosse o mais coerente seria afirmar “EU CRIEI O MAL”, a Bíblia é clara, e nesse texto ela só quer mostrar que Deus é soberano, e está acima de todas as coisas, como está escrito, “Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum Deus comigo; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão”, (Deuteronômio 32.39). “Eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”, (Isaias 43.10). E nada pode ameaçar sua posição, ele é Deus, o único inigualável, e não há outro acima dele, como diz, “Porque quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo”, (Hebreus 6.13). Isso quer dizer soberania e não que ele seja criador do mal, como algumas mentes cauterizadas entendem.
Entretanto nas escrituras sagradas registrar-se que de Gênesis a Apocalipse, Deus não é o autor do mal, como já vimos, o mal não teve uma criação, mas sim uma origem, ele veio a existir pelo auxílio daquele que teve sua existência muito antes que a nossa, aquele que foi criado com poder de livre-arbítrio, de escolha própria, aquele que Deus criou como um anjo santo e perfeito, o qual deu origem ao mal, pela sua desobediência, aquele que deixou de ser Lúcifer, para se transformar em Satanás, portanto Deus não é criador do mal, essa afirmativa Bíblica é sem dúvida alguma, a afirmação final, basta lemos esses textos (Gênesis 1.31; Salmo 34.8; Mateus 7.11). Que está tão claro que Deus não é o autor do mal, porque ele é, Perfeito (Mateus 5.4-8). Infinito (Salmo 147.5). Imparcial (Tiago 3.17). Onisciente (1 Samuel 16.7; 1 Reis 8.39; Salmo 139.1; Mateus 6.8; Atos 1.24; Hebreus 4.13). E cheio de bondade (Neemias 9.17). Deus é Santo, Perfeito, Bondoso, e aborrece o mal, e como o pai assim é o filho e o Espírito Santo (Hebreus 1.9; Gálatas 5.22; Efésios 5.18). “Deus é amor”, (1 João 4.8).
O fato de Deus saber pela sua onisciência que o mal entraria no mundo, isso não quer dizer que ele seja o responsável pela origem do mal, o mal foi à única coisa que não passou na mente de Deus, porque a Bíblia mostra que Deus é infinitamente sábio (Romanos 16.27). E como sabemos o mal é a desordem do sistema, e Deus por ser sábio não poderia criar o mal.
Agora devemos encarar uma realidade Bíblica que Deus traz a disciplina sobre aqueles que ele recebe como filho (Deuteronômio 8.5; 2 Samuel 7.14; Jó 5.17; Provérbios 3.12.13; Hebreus 12.5-8; Apocalipse 3.19). Quando há alguma razão.
Há uma corrente de teólogos e filósofos com a mente obscurecida que diz que foi Deus que criou o mal, esses tais fazem sua própria Hermenêutica, e utilizam textos como, Romanos 9.17, que fala, “Porque diz a escritura a Faraó; para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra”, e com uma mau interpretação desse texto afirmam que Deus levanta pessoas má, e por implicação ele coloca todo mal para que ele prevaleça sobre elas, e daí possa mostra todo seu poder de anunciar o seu nome em toda a terra tal raciocínio está em desabono, e levanta as seguintes interrogações (1).  Como Deus julgará Satanás, os anjos, e os homens, um dia, como poderá ele gratificar com o bem ou o mal, se ele é o criador do mal (2). Porque o anunciar do nome e a manifestação do poder de Deus iria requerer a utilização de coisas totalmente oposta a tudo o que ele é, como o mal (3). Será que Deus não poderia demonstrar o seu poder sem contradizer a sua bondade (4). Será que Deus não poderia fazer o seu nome conhecido sem provocar a dor e o sofrimento e a desordem do sistema (5). Como pode um Deus de amor detentor de toda onisciência e onipotência criar alguém essencialmente mal, quando ele próprio odeia o mal com todo o seu ser (6). Nesse caso se Deus é o criador do mal, então os malfeitores começando por Satanás, devem ser recompensados, e não castigados, e neles não existiria nenhuma culpa, e nem responsabilidade alguma diante de Deus.
Não devemos pensar como, “Greg Bahsen”, que diz concordar que Deus não criou todas as coisas é negar sua soberania, assim também podemos pergunta a Greg Bahsen, o homem por não ter vinte e duas mulheres como Maomé, deixaria de ser homem, é óbvio que não, assim é Deus, Ele não deixará de ser soberano só por não ter criado o mal.
Ao afirmarmos que Deus tem todo poder para fazer todas as coisas, não nos referimos as que fogem a ordem que ele mesmo estabeleceu no mundo, sabemos que Deus é soberano, e é, o todo-poderoso, mais há coisas que ele não pode fazer, por exemplo, “Mentir”, (Números 23.19). Pois contraria sua natureza moral, a usar a expressão “Deus não pode fazer”, “não pode ter criado”, “ou criar”, isso não significa limitar-lo as circunstâncias, pois ele como ser absoluto, está livre de qualquer impedimento, simplesmente, Deus não pode fazer algo que contrarie sua natureza e caráter divino, ele tem todo poder, e é, soberano, mais considera as próprias leis estabelecidas por ele próprio.
A Bíblia ensina que Deus é amor (1 João 4.8-16). Sua vontade está sem sombra de dúvida orientada para o bem, e não para o mal, seu próprio ser, se identifica como, “Eu sou”, esta expressão significa que ele está infinitamente longe do mal, e do pecado, e de qualquer imperfeição, ele é a luz sem nenhuma mácula de trevas, ele é um Deus três vezes Santo (Isaias 6.3). E não há nele qualquer injustiça, como a Bíblia vem mostrando (Deuteronômio 32.4). Deus odeia e abomina o mal. Assim também se expressou o profeta Habacuque, “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal. Observe a opressão não podes ver nem contemplar o mal”, (Habacuque 1.13). Isso que dizer que Deus não pode tolerar o mal diante de Sua santa presença. Deus está isento da criação do mal.
Por isso Deus em Jesus Cristo providencio libertar o homem do pecado, a Bíblia diz que Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta (Tiago 1.13). A luz de todos esses textos que a Bíblia mostrou seria de nossa parte blasfemo se disséssemos que Deus é o autor do mal, essas idéias não somente é contraria as sagradas escrituras, como também a nossa própria consciência.
Por isso ninguém de sã consciência pode responsabilizar Deus pelo mal, nem pelos seus próprios erros, porque a Bíblia diz, “De que se queixa, pois o homem vivente queixe-se cada um dos seus pecados”, (Lamentação 3.39). E ainda mais, ela afirma, “que quem planta vento colherá tempestade”, (Oséias 8.7). “E o que semeia na carne ceifará a corrupção”, (Gálatas 6.8).
Sabemos que há muitas transmissão e interpretação errônea que tem obscurecido os ensinos das sagradas escrituras, sobre a origem do mal, a luz da Bíblia em relação à origem do mal, Deus com seu infinito amor não foi de modo algum responsável pela manifestação do mal, e muito menos seu autor, se ele fosse seu criador, quando Jesus ensinou a seus discípulos a orar, ele não tinha citado essa expressão, “LIVRA-NOS DO MAL”, (Mateus 6.13). E de outra parte Deus seria incoerente, num lugar ser criador do mal, e em outro ensinar as nações a se abster do mal (1 Tessalonicenses 5.22). A inúmera passagem mostrando que Deus abomina o mal. Vejamos. Deus viu que tudo o que fez era muito bom (Gênesis 1.31). Longe de Deus a impiedade e a perversidade (Jó 34.10). Com Deus não subsiste o mal (Salmos 5.4). Deus transformou o mal em bem na vida de José (Gênesis 50.20). Deus tem pensamentos de paz e não de mal (Jeremias 29.11). Buscai o bem e não o mal e o Senhor estará convosco (Amós 5.14). Quem pratica o mal não vem para luz (João 3.20.21). O Senhor tem feito o bem (Salmos 13.6). Deus não pode ver o mal (Habacuque 1.13). Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal (Isaias 5.20).
A Bíblia é clara e diz que o amor de Deus é eterno (Jeremias 31.3; Lamentações 3.22). O mal é a operação de um principio em conflito com a lei do amor que é o fundamento da teocracia divina, antes da manifestação do mal como Já falamos, havia paz e jubilo por todo universo (Jó 38.7). O amor é o fundamento do governo de Deus, e a felicidade de todos os seres criados que sempre dependeu, e depende de seu perfeito amor com seus princípios de justiça que é o caráter de Deus, porque o Senhor é Santo e justo, e nosso Deus tem misericórdia (Salmo 116.5). Chegará o dia quando Deus destruirá o mal para todo sempre (Malaquias 4.1). Porque Deus é perfeito, e não requer a presença do mal, ele em si mesmo é Santo, o mal nunca esteve nele, e nunca estará, de acordo com que a Bíblia já nos provou na criação original de Deus o mal não estava (Gênesis 1.31). E também não estará no novo céu e na nova terra (Apocalipse 21.1-8). E ainda mais, devemos observar uma informação muito importante, foi quando Jesus certa feita falou sobre o inferno aos seus discípulos, que disse que o inferno foi criado para o diabo e seus anjos (Mateus 25.41). "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos", diante dessa grande afirmação devemos observar que Deus em sua onisciência sabia muito bem, que Lúcifer ia se rebelar contra seu Criador e sua teocracia. O fato do inferno ter sido preparado para  Satanás e seus anjos não quer dizer que Lúcifer já tinha sido criado para esse fim desastroso, pelo contrário, ele mesmo escolheu esse caminho de desobediência, porque a Bíblia diz que ele nunca se firmou na verdade (João 8.44). Observe que Deus não preparou o inferno para Lúcifer e seus anjos, mais sim, para o Diabo e seus anjos; isto está bem diferente, (para o diabo, e não para Lúcifer). Observe que o inferno só foi criado bem depois da rebelião de Lúcifer e de seus seguidores, é que Deus preparou o inferno, só depois que Lúcifer se tornou o Diabo, é que Deus preparou tal lugar. Até porque a Bíblia diz, que Deus não tem prazer na miséria e sofrimentos dos seus servos (Deuteronômio 30.19). Portanto a tese de Deus ser criador do mal está descartada.
O mal foi criado por aquele que um dia foi o Querubim ungido, o anjo especial, aquele que se destacou entres os anjos, aquele que era o mais belo, o maior de todos os anjos, que um dia foi Santo, justo, e perfeito (Ezequiel 28.12). Que um dia foi um anjo bom, e de luz, a estrela da manhã (Isaias 14.12). O príncipe dos anjos, designado com toda autoridade acima de todos eles, aquele que alegrava o céu, e tinha como cargo o ministério das músicas celestiais (Ezequiel 28.13). Aquele que tinha ao seu lado um grande número de anjos, aquele que era príncipe (Ezequiel 28.2). Aquele que era portador de uma resplandecente luz (Ezequiel 28 13). Aquele que queria está acima dos céus, das estrelas, e das nuvens (Isaias 14.13.14). Aquele que estimou seu coração como se fora o coração de Deus (Ezequiel 28.2-6). Aquele que queria exaltar seu trono no monte da congregação (Isaias 14.13). Aquele que queria ser semelhante ao altíssimo (Isaias 14.14). Aquele que é mais sábio que o profeta Daniel (Ezequiel 28.3). Aquele que pela sabedoria alcançou poder, ouro, e prata (Ezequiel 28.4). Aquele que estava no Éden jardim de Deus (Ezequiel 28.13). Aquele que se achou iniqüidade (Ezequiel 28.15). Aquele que encheu seu interior de violência (Ezequiel 28.16). Aquele que profanou seu próprio santuário (Ezequiel 28.16-18). Aquele que não permaneceu na verdade (João 8.44). Aquele que seduziu a terça parte dos anjos (Apocalipse 12.4). Aquele que guerreou no céu (Apocalipse 12.7). Aquele que seduziu Eva (Gênesis 3.1-5). Aquele que fez Davi numerar o povo de Israel contra a vontade de Deus (1 Crônicas 21.1). Aquele que tentou impedir a oração do profeta Daniel (Daniel 10.13). Aquele que sempre contendeu com o Arcanjo Miguel (Judas v.6; Daniel 10.13). Aquele que fez as nações fazeres vários sacrifícios aos demônios (Êxodo 34.15; Levitico 17.7; Deuteronômio 32.17; 2 Crônicas 11.15; Salmo 106.37; 1 Coríntios 10.20; Apocalipse 9.20). Aquele que acusou o sacerdote Josué diante do anjo do Senhor (Zacarias 3.1). Aquele que acusa todos os cristãos de Deus (Apocalipse 12.10). Aquele que tentou Jesus durante quarenta dias, e quarenta noites (Mateus 4.2-10). Aquele que implorou adoração do próprio Jesus (Lucas 4.6.7). Aquele que há dezoito anos escravizou uma mulher (Lucas 13.16). Aquele que em Gadara fez um homem habitar por anos nos sepulcros (Mateus 8.28). Aquele que por alguns anos fez um homem viver cego e mudo (Mateus 12.22). Aquele que fez um jovem ser lunático (Mateus 17.15-18). Aquele que colocou uma enfermidade em Jó (Jó 2.7). Aquele que falou na boca de Pedro (Mateus 16.23). Aquele que fez o Rei Saul profetizar (1 Samuel 18.10). Aquele que fez os profetas do Rei Acabe profetizarem mentiras (1 Reis 22.19-23; 2 Crônicas 18.19-22). Aquele que induziu o Rei Acabe a morte (1 Reis 22.20.21;2 Crônicas 18.19.20). Aquele que habitou numa jovem na cidade de filipos (Atos 16.16-18). Aquele que cega o entendimento dos incrédulos (2 Coríntios 4.4). Aquele que impediu Paulo na sua viagem (1 Tessalonicenses 2.18). Aquele que entrou no coração de Judas (Lucas 22.3). Aquele que fez Ananias e Safira mentir ao Espírito Santo (Atos 5.3). Aquele que antes de Jesus ressuscitar tinha ao seu dispor o império da morte (Hebreus 2.14). Aquele que desde o principio peca (1 João 3.8; Ezequiel 28.16). Aquele que Paulo disse que não devemos ignorar seus ardis (2 Coríntios 2.11). Aquele que Deus esmagou debaixo de seus pés (Romanos 16.20). Aquele que enviará o Anticristo segundo sua eficácia (2 Tessalonicenses 2.9). Aquele que o nome de Jesus está acima dele, e não só neste século, mais também no vindouro (Efésios 1.21). Aquele que Jesus despojou publicamente (Colossenses 2.15). Aquele que se dobra diante do nome de Jesus (Filipenses 2.10). Aquele que faz fogo descer do céu a terra a vista dos homens (Apocalipse 13.13). Aquele que é um Leão devorador (1 Pedro 5.8). Aquele que o sistema pecaminoso do mundo está ao seu domínio (1 João 5.19). Aquele que Deus castigará junto com suas hostes (Isaias 24.21). Aquele que o povo de Deus luta constantemente (Efésios 6.12). Aquele que Jesus convence as nações de seu poder (Atos 26.18). Aquele que uma parte de seus anjos rebelde já estão preso no tártaro até o dia de juízo ( 2 Pedro 2.4; Judas v.6). Aquele que lançou alguns dos Apóstolos na prisão (Apocalipse 2.10). Aquele que tinha estabelecido em Pérgamo seu trono (Apocalipse 2.13). Aquele que também tinha em Pérgamo uma sinagoga (Apocalipse 2.9). Aquele que veio para roubar, matar, e destruir (João 10.10). Aquele que é príncipe deste mundo (João 14.30). Aquele que será expulso deste mundo (João 12.31). Aquele que Jesus viu como raio cair do céu (Lucas 10.18). Aquele que já está julgado (João 16.11). Aquele valente que Jesus venceu (Mateus 12.29). Aquele que junto com seus demônios sabem o tempo de seu fim (Mateus 8.29; Apocalipse 12.12). Aquele que sabe quem é Jesus (Lucas 8.28; Atos 19.15). Aquele que declarou com sua própria boca que ele e seus demônios não tinha nada com Jesus (Mateus 8.29). Aquele que o próprio Jesus declarou que não tinha nada com ele (João 14.30). Aquele que na tentação citou os textos sagrados para Jesus (Mateus 4.3-10; Lucas 4.3-13; Deuteronômio 6.16; 8.3; 6.13; Salmo 91.11). Aquele que foi preso por mil anos (Apocalipse 20.2). Aquele que depois de ter acabado os mil anos foi solto por um pouco de tempo (Apocalipse 20.3-7). Aquele que o Apóstolo Paulo após ter escapado de suas garras, disse que estava livre da boca do Leão (2 Timóteo 4.17). Aquele que é conhecido como o passarinheiro (Salmo 91.3). Aquele que é a raiz que está preste a ser exterminada (Malaquias 4.1). Aquele que será lançado no lago de fogo, e será atormentado para todo sempre (Isaias 14.15; Apocalipse 20.10).
Irmão não seria uma grande incoerência da parte de Deus, um dia ter criado um ser perfeito, que foi Batizado por Lúcifer que significa a estrela da manhã, o resplandecente, para depois tornar-lo Satanás que quer dizer, “Adversário”, daí também nós poderia concluir que Deus é criador do pecado, da mentira, da morte, da fornicação, da impureza, da lascívia, da feitiçaria, da inimizade, da emulação, da porfia, da prostituição, da inveja, da glutonaria, do tumulto, do orgulho, da detratarção, do mexerico, da malicia, da maledicência, da cólera, da palavra torpe, da injustiça, do homicida, do sodomita, do parricida, do matricida, dos profanos, e de tudo quanto é abominável, Etc. E ainda mais nós com todo direito poderíamos acusar-lo que Ele veio para matar, roubar, e destruir, porque essa é a qualificação para quem é criador do mal.
 A Bíblia mostrou que os caminhos de Deus são inescrutáveis, portanto com todas essas provas que a Bíblia mostrou em relação à origem do mal, ficou claro que Deus está isento da criação do mal, e muito menos ser seu autor, mais sim a origem do mal, originou-se na região celestial quando o Querubim que servia na presença de Deus encheu-se de arrogância e desejou usurpar o trono do criador, por sua livre vontade escolheu o caminho do pecado, o que motivou sua destituição das suas funções celestiais, condenação, e execração eterna, o mal começou com o anjo rebelde que preferiu perverter o livre-arbítrio que Deus lhes conferiu.
Portanto o mal teve origem com aquele que abaixo da Trindade Santa, e acima de todos os anjos fora o mais honrado por Deus ante da queda, não que Deus faça acepção, mais porque Deus quis honrar-lo com o titulo de, “Lúcifer”, (Ezequiel 28.15.16).

Fonte: http://debateadilsonsaire.blogspot.com.br/p/quem-criou-o-mal-deus-ou-satanas.html

Deus criou o mal?

Deus criou o mal?

No mundo em que vivemos, há pessoas boas e pessoas más. No mundo espiritual também há anjos bons e anjos maus. Dentro da igreja há ovelhas de Cristo e lobos disfarçados de ovelhas. Até mesmo nas lideranças eclesiásticas, há pastores sérios e dedicados, além de pastores mercenários, que não estão nem aí com as ovelhas.

Em outras palavras, tanto no mundo natural, quanto no mundo espiritual, há o bem e o mal. Com base nisto, eu faço a seguinte pergunta: “Foi Deus que criou o mal (no sentido moral)?”. O que a Bíblia tem a dizer a respeito disto? É exatamente sobre isto que trataremos abaixo.

Em 1 João 1:5 está escrito: “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: QUE DEUS É LUZ, E NELE NÃO HÁ TREVAS NENHUMAS”. Este versículo nos mostra claramente que em Deus não há treva nenhuma. Deus é luz, e por isso, Ele jamais poderia ter criado o mal (trevas).

No Salmo 25:8 está escrito: “Bom e reto é o Senhor; pelo que ensina o caminho aos pecadores”. Este versículo diz que o Senhor é bom. É uma afirmação simples e direta, que não dá margem a nenhuma outra interpretação. DEUS É BOM E PRONTO. Como o Senhor é bom, então, Ele não pode ter criado o mal.

No Salmo 5:4 está escrito: “Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal”. Este texto bíblico diz que o mal não habitará com o Senhor Deus. E por quê? Pelo fato do mal não fazer parte da natureza de Deus e por este motivo, com Ele não habitará o mal. Esta é mais uma prova de que Deus não criou o mal.

Em 1 João 4:16 está escrito: “E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. DEUS É AMOR; e quem permanece em amor, permanece em Deus, e Deus nele”. Esta passagem diz que DEUS É AMOR. Se Deus tivesse criado o mal, Ele não poderia ser AMOR, pois, quem ama não quer ver o mal de ninguém. Por isso, não foi Deus quem criou o mal. Deus não criou o mal. No entanto, o mal existe.

Então, como podemos explicar a existência do mal, se não foi Deus quem o criou? A resposta é simples: Deus é bom, e criou criaturas boas, com uma qualidade denominada livre arbítrio.

Livre arbítrio é a capacidade que todo indivíduo criado tem, de fazer escolhas, sendo assim, responsável por suas próprias escolhas e decisões. Infelizmente, as criaturas de Deus usaram este poder (o livre arbítrio), que é bom, para trazer o mal ao mundo. E como fizeram isso? Ao se rebelarem contra o Criador. Então, o mal surgiu devido o mau uso do poder bom, chamado “livre-arbítrio”.

Deus não criou o mal, mas as criaturas livres são responsáveis por torná-lo real. Embora Lúcifer tenha sido criado por Deus, como todas as coisas, a atitude de Lúcifer não pode ser considerada como sendo de responsabilidade de Deus. Deus criou Lúcifer perfeito, mas por vontade do próprio Lúcifer foi desenvolvido a iniquidade (Isaías 14:13-15; Ezequiel 28:13–18).

O mal, no sentido moral, surgiu a partir desta rebelião de Lúcifer, como uma conseqüência. Lúcifer é responsável pelo mau uso do seu próprio livre arbítrio. Da mesma forma, o pecado e todas as misérias entraram neste mundo por meio da desobediência de Adão (Romanos 5:12), que por sua vez, também fez mau uso do seu livre arbítrio.

Em suma: o mal (no sentido moral) é o resultado da corrupção das criaturas boas que Deus criou e ele (o mal) não foi criado por Deus. Deus jamais criou o pecado e Ele não tenta ninguém.

Para finalizar, eu gostaria de salientar o seguinte: às vezes, a palavra “mal” pode significar “punição”, “castigo”, “calamidade”. Em Isaías 45:7 está escrito: “Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu o Senhor, que faço todas estas coisas”. A palavra “mal” nesta passagem tem o sentido de “castigo” e “punição”, pois, Deus usaria Ciro para “abater as nações” e assim, livrar o povo de Israel do seu cativeiro.

Fonte: Gospel+ com informações de: teologiaemdia.blogspot.com.br - estudosdabiblia.net

DEUS CRIOU O MAL?

DEUS CRIOU O MAL?

Isaias 45:7
"Eu formo a luz e crio as trevas; Eu faço a paz e crio o mal; Eu o Senhor , faço todas essas coisas."
O texto supracitado faz parte de uma profecia dada por Deus à Isaías, na verdade é um revelação de fatos que ainda iriam acontecer. Isaías viveu entre 740 a 618 aC e o reinado de Ciro só foi acontecer em 559-530 aC, 150 anos depois. O contexto está no capítulo 45:1-7 e trata-se de uma mensagem profética em relação ao Persa que seria Rei, chamado Ciro e que destruiria o Império Babilônico. Deus foi quem garantiu a vitória de Ciro, decretada neste texto.Deus mostra o seu poder e a sua soberania, nada acontece sem a Sua permissão e em tudo Ele tem um propósito abençoador mesmo em meio ao mal. O Senhor reina em qualquer situação. Muitas vezes nas Escrituras vemos Deus fazendo uso das situações contrárias, ou permitindo o mal para no final obter a justiça e mostrar o seu amor e bondade. Isto absolutamente evidencia que Deus tenha criado o mal.
O Problema do Mal
A ciência que trata de "problemas" é a filosofia e filosofia seria exatamente dar luz a problemas, para que haja respostas aos questionamentos do ser que pensa. A filosofia trata do problema do mal através da lógica, entretanto, não é simplesmente uma questão de pesar as provas positivas contra as provas negativas da bondade de Deus no mundo ou em seu plano divino. O problema do mal é um desafio muito mais sério para a fé cristã.
David Hume, filósofo escocês do século XVIII, endagou, dizendo: " Se Deus quer evitar o mal, mas não é capaz disso, então Ele é impotente. Se Ele é capaz, mas não quer evitá-lo, então Ele é malévolo. Se Ele é capaz de evitá-lo, como se explica o mal?"
Segundo Hume os cristãos não podem de forma lógica crer nas premissas; DEUS É ONIPOTENTE - DEUS É BENEVOLENTE - O MAL EXISTE. Que Deus é bom e todo poderoso há uma lógica, não há contradições nestas duas premissas. O problema só aparece quando apresentamos a terceira premissa, "O MAL EXISTE".
As três premissas: DEUS É TOTALMENTE BOM ; DEUS É TODO PODEROSO ; O MAL EXISTE. Esta aparente contradição é resolvida ao acrescentarmos uma quarta premissa: DEUS POSSUI UMA RAZÃO MORAL E SUFICIENTEMENTE BOA PARA A EXISTÊNCIA DO MAL.
Nos casos de Abraão, Jó e Jesus, Deus teve uma razão boa para a miséria humana envolvida. Apesar de não sermos capazes de entender porque Deus estava fazendo o que fez com eles, houve um propósito divino, e o resultado foi que nenhum deles e nem tão pouco nós estremecemos na convicção da bondade de Deus. (Gn 18:25 Rm 3:4)A justiça e bondade de Deus ficam além dos desafios e compreensão humana.
Conclui-se que o problema do mal não é uma dificuldade lógica, se Deus tem uma razão moral suficientemente para o mal existir, como a Bíblia ensina, então, a Sua bondade e poder não podem ser contestados.
O pecado e todas as misérias entraram neste mundo por meio da primeira transgressão de Adão e Eva, eles não confiaram na completa bondade de Deus. Assim como os descrentes que se recusam a aceitar a bondade de Deus. Quando aceitamos a bondade de Deus, solucionamos o problema do mal, qundo não aceitamos passamos a fazer parte do problema.
O que é o mal?
O mal não é uma coisa ou substância, antes é a falta ou a privação de algo bom que Deus fez.O mal é a corrupção das substâncias boas que Deus criou e não uma criação Dele.
Porque Deus na Sua Onipotencia não Destrói o Mal?
Deus não pode destruir literalmente todo o mal sem aniquilar o livre-arbítrio.A única maneira de destruir o mal seria destruíndo o bem do livre-arbítrio. Porém todos os acontecimentos e fatos, sejam eles bons ou maus, estão colaborando através do plano de Deus, para que em breve Deus derrote o mal preservando o livre-arbítrio. Sendo o mal a corrupção das substâncis boas que Deus criou, de onde veio essa corrupção ou quem corrompeu primeiro? Poderia ser Deus criador e destruidor de algo criado por Ele mesmo? Absolutamente, pois quem corrompeu uma das substâncis criadas por Deus foi Lúcifer.
Embora tenha sido criado por Deus, como todas as coisas, a atitude de Lúcifer não pode ser considerada como sendo de responsabilidade de Deus. Vejamos o que dizem as Escrituras em Isaías 14:13a e Ezequiel 28:2. Em ambos os textos tem a palavra coração no hebraico "LEB" que significa "lugar de rebelião e orgulho" A responsabilidde de Deus está em ter criado Lucifer, e Ele o criou perfeito, mas pela vontade do próprio Lúcifer foi desenvolvido a iniquidade. O mal como conhecemos surge então, apartir desta rebelião, como uma consequencia. Lúcifer é o responsável pela iniquidade pois ele corrompeu ou fez mau uso do livre-arbítrio.
O que é Livre-arbítrio?
Nenhum sistema moral será possível a menos que o indivíduo criado ou a critura seja considerado responsável pelas suas ações ou decisões. O Eterno plano de salvação, traçado por Deus, por intermédio de Cristo era um propóstito divino que antecedia à queda de satanás, não tendo sido arruinado por essa queda, porquanto a expiação, feita por intermédio de Cristo, era outra provisão para levar adiante os Seus propósitos e também um meio de cuidar dos péssimos resultados da rebeldia satânica. Deus produziu através dessa rebelião uma nova ordem de seres, Filhos de Deus, transformados à imagem de Cristo, seu Filho Amado.

O Problema do Mal

O Problema do Mal
Aspecto lógico e psicológico

Por Dr. Greg Bahnsen
Tradução de Elvis Brassaroto

Se Deus criou todas as coisas, e se o mal existe, não é correto afirmar eu Ele também criou o mal? Se Deus é amor e infinito em misericórdia, como poderia tê-lo criado? Se isso é assim, não seria o próprio Deus a fonte dos nossos males? O culpado da nossa desgraça?

A existência do mal de fato suscita um dos maiores questionamentos contra a fé cristã, seja por parte dos opositores intelectuais, dos adeptos de religiões não-cristãs ou dos escarnecedores. O nosso objetivo, nesta matéria, que visa aprofundar o debate sobre o tema, é apresentar argumentos teológicos e apologéticos suficientemente fortes e razoáveis, baseados na Palavra de Deus. Não temos conhecimento pleno sobre muitas questões, mas Deus também não nos deixou totalmente no escuro quanto às grandes perguntas que permeiam a nossa vida. Sua Palavra, como sempre, é a luz para o nosso caminho e, como afirmou o sábio Salomão, grande pensador, sobre a vida humana: “... A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).

Um grande desafio
Talvez, o desafio mais profundo e incômodo que os crentes enfrentam sobre a fé venha a forma de uma pergunta: “Se Deus é realmente bom, por que o mal existe?”. O sofrimento e a maldade que vivenciamos em nosso meio parecem gritar contra a existência de Deus, ao menos de um Deus benevolente e Todo-Poderoso. Muitos acreditam que este seja o problema mais difícil que os apologistas enfrentam, não somente por causa da aparente contradição do ponto de vista cristão, mas também por causa da perplexidade pessoal que qualquer ser humano sensível sentirá diante da terrível miséria e perversidade no mundo. A desumanidade do homem para com seu semelhante é notória em todas as épocas passadas e em todas as nações do mundo. Há uma longa história de opressão, indignidade, crueldade, tortura e tirania. Além disso, há tanta dor e sofrimento aparentemente desnecessários, defeitos de nascença, parasitas, ataques violentos de animais, mutações radioativas, doenças debilitáveis e fatais, fome, terrorismo, ferimentos que deixam pessoas inválidas, furacões, terremotos e outros desastres naturais.

Quando o descrente contempla este infeliz “vale de lágrimas”, sente que há uma forte razão para duvidar da bondade de Deus. Por que deveria haver tamanha miséria? Por que a riqueza deve-ria ser distribuída de forma aparente-mente tão injusta? Você permitiria isso se fosse Deus e tivesse em suas mãos o domínio para impedir esses males?

Levando o mal a sério
De fato, é importante que o cristão reconheça a realidade do mundo e também que a questão do mal não é simplesmente um jogo de discussões; ou seja, uma forma de ver a vida de maneira não ou menos justa. O mal é real. O mal é horrível. Somente quando ficamos intelectual e emocionalmente sensíveis a respeito da existência do mal podemos avaliar a profundidade do problema que os descrentes enfrentam em relação à visão cristã de mundo, mas, do mesmo modo, percebemos por que o problema do mal acaba confirmando este ponto de vista cristão, ao invés de enfraquecê-lo.

Quando falamos sobre o mal com os descrentes, é crucial que ambos os lados “falem sério”. O mal deve ser levado a sério como “mal”. Uma passagem muito conhecida da obra clássica Os irmãos Karamazóvi, do novelista russo Fyodor Dostoyevsky, mexe com as nossas emoções de uma forma que parece nos persuadir e nos torna convictos sobre a maldade dos homens, como, por exemplo, os homens cruéis com criancinhas. Em certo momento, sua obra narra uma queixa do personagem Ivan ao seu irmão, Aliósha, sobre a crueldade e a injustiça promovidas pelos homens. Ivan declara que nem mesmo os animais selvagens conseguem atingir a decadência que, às vezes, se observa no comportamento de alguns homens. Exemplifica sua reclamação com o caso de uma menina russa de apenas cinco anos maltratada por seus pais. Eles açoitavam-na constantemente e, por conta disso, seu peque-no e frágil corpo estava sempre coberto de feridas. Dramatizando um pouco mais o exemplo, Ivan conta que, em algumas noites geladas da Rússia, os pais da menina trancavam-na no banheiro e amarravam-na na privada simplesmente porque ela, às vezes, molhava o colchão durante a noite, algo normal em crianças de sua idade. Por conta disso, sua mãe esfregava-lhe os próprios excrementos na cara e a obrigava a comê-los. E fazia isso sem nenhum remorso. Por fim, Ivan convida Aliósha a imaginar as lágrimas e o sofrimento daquela inocente criança e lhe pergunta: “Se o destino da humanidade estivesse em suas mãos, e se para proporcionar felicidade ao mundo você tivesse de permitir a tortura de uma criança, você consentiria isso?1

Incidentes como este poderiam ser multiplicados por muitas e muitas vezes. Eles produzem indignação moral dentro de nós, e dos descrentes também. Estes fatos são inegáveis para qualquer pessoa, independentemente da sua confissão religiosa.

Uma vez, quando estava fazendo um programa de rádio com a participação dos ouvintes por telefone, um deles ficou muito irritado quando eu disse que deveríamos louvar e adorar a Deus. O ouvinte queria saber como alguém conseguia adorar um Deus que permitiu o abuso sexual e a mutilação de um bebê, atrocidades que ele próprio (o ouvinte) havia testemunhado em algumas fotografias apresentadas durante a audiência de julgamento de um pedófilo. A descrição era repugnante e, certamente, suscitou revolta em todos que tiveram o desprazer de ouvi-la. Eu sabia que o ouvinte queria pressionar sua hostilidade contra o cristianismo sobre mim, mas, na realidade, fiquei feliz por ele ficar tão irritado. Em verdade, ele estava “levando o mal a sério”. A sua condenação ao abuso sexual infantil não era simplesmente uma questão de preferência pessoal. Por esta razão, percebi que não seria difícil mostrar por que o problema do mal, na realidade, não é um problema para o crente, mas, ao invés disso, para o descrente. Explicaremos isso mais detalhadamente depois.

O mal como um problema lógico
O “problema” do mal nunca foi propriamente compreendido por muitos apologistas cristãos que, algumas vezes, menosprezam a dificuldade dos céticos ao cristianismo quando compreendem o problema do mal como sendo apenas uma demonstração colérica contrária à suposta bondade de Deus. De qualquer maneira, é assim que os crentes professam a bondade de Deus. Mas os descrentes vêm com os seus exemplos contrários a isso. Quem apresenta os melhores argumentos dos fatos ao nosso redor? O problema é apresentado (imprecisamente) como uma questão de quem possui vidências mais fortes do seu lado acerca daquilo que estão discordando. É como uma brincadeira de “cabo-de-guerra”.

Este tipo de colocação subestima seriamente a natureza do problema do mal. Não é simplesmente uma questão de pesar as provas positivas contra as provas negativas da bondade de Deus no mundo ou em seu plano divino (ou seja, a redenção, etc.). O problema do mal é um desafio muito mais sério para a fé cristã.

O problema do mal se soma às acusações de que há uma “provável incoerência” no ponto de vista cristão, sem levar em consideração a quantidade de maldade que existe no Universo comparada à quantidade de bondade que pode ser encontrada. Se o cristianismo é logicamente incoerente, nenhuma prova positiva e factual pode salvar a sua veracidade. A inconsistência interna, por si só, tornaria a fé cristã intelectualmente inaceitável, mesmo concedendo que possa haver uma grande quantidade de indicadores ou provas em nossa experiência para a existência da bondade ou de Deus.

O filósofo escocês do século 18, David Hume, expressou o problema do mal mediante uma maneira forte e desafiadora. Declara: “Se Deus quer evitar o mal, mas não é capaz disso, então Ele é impotente. Se Ele é capaz, mas não quer evitá-lo, então Ele é malévolo. Se ele é capaz de evitá-lo e quer evitá-lo, como se explica o mal?”.2 O que Hume estava argumentando é que o cristão não pode, de forma lógica, aceitar estas três premissas: Deus é onipotente, Deus é benevolente, e, no entanto, o mal existe no mundo. Se Deus é Todo-Poderoso, então deve ser capaz de evitar ou remover o mal, se desejar. Se Deus é benevolente, então certamente deseja evitar ou remover o mal. Todavia, é inegável que o mal existe.

Em seu livro, Atheism: the case against God [Ateísmo: o caso contra Deus]: George Smith declara o problema do mal da seguinte maneira: “Resumidamente, o problema do mal é este: Se Deus sabe que o mal existe, mas não pode evitá-lo, Ele não possui todo o poder. Se Deus sabe que o mal existe e pode evitá-lo, mas não deseja fazê-lo, Ele não é benevolente”.3 Smith acha que os cristãos não podem, de forma lógica, crer nas premissas: Deus é completamente bom, bem como completa-mente poderoso.

Então, a acusação que os descrentes fazem é que a doutrina cristã é incoerente porque adota declarações inconsistentes umas com as outras, devido à maldade que paira neste mundo. O descrente argumenta que mesmo que tivesse de aceitar as afirmações da teologia cristã, sem levar em consideração a prova individualmente favorável ou contrária à sua opinião, “essas premissas não se admitem entre si”. O desafio do cristianismo é interno e até mesmo o crente deve reconhecer, contanto que ele, de forma realista, admita a presença do mal no mundo. Este mal, acredita-se, é incompatível com a bondade de Deus ou com o seu poder.

Para quem o mal é logicamente um problema?
Deveria ficar óbvio, quando refletimos, que pode não haver um “problema do mal” para pressionar os cristãos, a menos que alguém possa legitimamente afirmar a existência do mal neste mundo. Não há, nem mesmo aparentemente, um problema lógico, contanto que tenhamos somente estas duas declarações para lidarmos:

Deus é completamente bom

Deus é completamente poderoso

Estas duas premissas, por si só, não criam qualquer contradição. O problema aparece somente quando acrescentamos a terceira premissa: O mal existe (acontece)

Conseqüentemente, é decisivo para a argumentação dos descrentes contra o cristianismo afirmar que existe mal no mundo. Para eles, é crucial apontar para alguma coisa, algum acontecimento, e ter o direito de avaliá-lo como um exemplo da ocorrência do mal, pois se fosse o caso de não existir nem acontecer nenhum mal, isso significaria que aquilo que as pessoas inicialmente acreditam ser mal, na realidade, não seria, e, então, não haveria nada inconsistente com a teologia cristã que exija uma resposta.

Neste ínterim, surgem novas questões relevantes:

O que o descrente quer dizer com o “bem” ou, baseado em qual fundamento, ele determina o que considera ser o “bem”, para que o “mal” seja conseqüentemente definido ou identificado?

Quais são as bases pelas quais o descrente faz seu julgamento moral?

Talvez, o não-crente tenha o “bem” como qualquer coisa que seja unânime pela aprovação pública, geral; ou seja, o “bem” é aquilo que a maioria aprova como “bem”. Contudo, o fato de um grande número de pessoas sentir-se de uma forma não convence, ou ao menos, racionalmente, não deveria convencer ninguém de que seu sentimento a respeito da bondade ou malignidade de alguma coisa é correto. Afinal, a estatística não é, em si mesma, uma ferra-menta eficaz para julgar o que de fato é “bem” ou o que de fato é “mal”.

Geralmente, as pessoas pensam na bondade de alguma coisa referindo-se às suas aprovações ¾ ao invés de suas aprovações constituírem a sua bondade! Ou seja, as pessoas pensam que algo é bom porque tem aprovação, quando, na verdade, o correto seria entender que algo tem aprovação porque é bom. Além disso, a intuição em si não pode ser uma base para entendermos que as nossas conclusões estão corretas. Veja como isso é subjetivo: não temos somente de intuir (pressentir) a bondade da caridade, mas também somos levados a intuir (pressentir) que esta intuição é verdadeira! É a intuição na intuição! Mas temos de considerar que nem todas as pessoas, ou culturas, possuem intuições idênticas sobre o bem e o mal. Estas intuições conflitantes não podem ser resolvidas de forma racional dentro da visão não-crente de mundo.

O descrente leva o mal a sério?
Os descrentes afirmam que simples casos da experiência humana são incoerentes com as crenças teológicas do cristianismo sobre a bondade e o poder de Deus. Tal acusação requer que o cético afirme a existência do mal neste mundo. Contudo, o que tem sido pressuposto aqui?

Ambos, crente e descrente, vão querer insistir que certas coisas são más. Por exemplo, em casos como o de abuso sexual infantil (como aqueles já mencionados). E conversarão como se levassem tais julgamentos morais a sério, não como expressão de gosto, preferência pessoal ou opinião subjetiva, simplesmente. Insistirão que tais coisas são verdadeira-mente concretas e basicamente más. Até mesmo os descrentes podem ser chacoalhados em face de atrocidades morais como guerras, estupros e torturas.

Mas a questão, logicamente falando, é como é possível o descrente ser coerente consigo mesmo ao levar o mal a sério, não simplesmente como algo inconveniente, desagradável e contrário aos seus desejos. Qual filosofia de valor ou moralidade o descrente pode oferecer que fará disso algo significativo para condenar qualquer atrocidade como concreta-mente má? Onde o descrente busca base para isso? “Qual é a fonte em que ele bebe?”.

O fato é que o descrente tente excluir Deus deste debate a todo custo. Mas será que efetivamente consegue? A indignação moral expressa pelos descrentes, quando se deparam com as coisas más que se espalham neste mundo, não são compatíveis com as teorias de ética que eles mesmos sustentam. No fundo, são teorias que provam ser arbitrárias (pessoais) ou subjetivas (individuais) ou meramente tendenciosas em seu caráter. Na visão descrente de mundo não há nenhuma boa razão para dizer que qualquer coisa seja má na natureza, mas o descrente só pode chegar á conclusão de que algo é mau por sua própria escolha ou sentimento pessoal.

É por isso que me sinto encorajado quando vejo descrentes indignados com algumas ações más como uma questão de princípios. Para fazer sentido filosófico, tal indignação, na realidade, aponta para o absoluto, o imutável e bom caráter de Deus. A ex-pressão de indignação moral é uma prova pessoal de que os descrentes conhecem este Deus no mais íntimo de seus corações, mesmo que neguem isso! Eles se recusam a deixar que julgamentos sobre o mal se reduzam a uma simples questão subjetiva; isto é, em uma questão individual, pessoal ou particular. Quando o descrente brada contra tudo isso, ele está, na realidade, reconhecendo a existência de Deus.

Quando o crente desafia o descrente neste ponto, o descrente geralmente desconversa e tenta discutir, dizendo que o mal está, no final das contas, baseado no raciocínio ou nas escolhas humanas, embora seja algo relacionado ao indivíduo ou à cultura. E, neste ponto, o crente deve jogar a incoerência lógica de volta para dentro do quadro de crenças do cético.

Por um lado, o descrente acredita e fala como se algum ato, como o abuso sexual infantil, por exemplo, fosse errado em si, mas, por outro lado, acre-dita e fala como se este ato fosse errado somente se o indivíduo, ou cultura, escolhesse algum valor que fosse incoerente com ele. Quando o descrente declara que as pessoas determinam os valores éticos para si mesmas, está afirmando, em outras palavras, que aqueles que cometem o mal não estão, na realidade, fazendo nada de errado, pois foram estes os valores que escolheram para si.

O que achamos, então, é que o cético deve secretamente contar com a visão cristã de mundo para que o seu argumento da existência do mal faça sentido! Ele condena a visão cristã de mundo, mas usa elementos dela para atacá-la.

O problema do mal é, assim, um problema lógico para o descrente, ao invés de sê-lo para o crente. Por quê? Porque, como cristãos, conseguimos perfeitamente dar sentido às questões morais que nos incomodam. O descrente, não. Isso não significa que consigo explicar os caminhos e propósitos de Deus ao permitir a miséria e a maldade neste mundo. Isso simplesmente significa que o escândalo moral é coerente com a visão cristã de mundo, com suas pressuposições básicas sobre a realidade, com seu conhecimento e ética. O crente não vive em contradição com tudo isso. Assim, o problema do mal é precisamente um problema filosófico para a incredulidade. Os descrentes precisariam apelar para aquilo que eles mais se opõem em discussão para que seus argumentos sejam justificados: um senso de ética divino, transcendente. Em suma, eles dependem de Deus para embasar seus argumentos.

Resolvendo uma suposta contradição
Neste ponto, o descrente pode afirmar que mesmo que ele não consiga explicar de forma significativa, ou decifrar a visão que o mal verdadeiramente existe, todavia, ainda resta uma contradição dentro do quadro de crenças do cristianismo. Nestes termos, o descrente admite sua derrota, mas lança em rosto que os cristãos também não têm a solução. Porém, dados os seus compromissos e filosofias básicas, o cristão certamente pode e declara que o mal é real, e mesmo assim o cristão acredita em coisas a respeito do caráter de Deus, que juntas, parecem incompatíveis com a existência do mal. O descrente pode argumentar que o cristão ainda está, nos termos propriamente cristãos, preso a uma posição por manter as três proposições que seguem:

1. Deus é totalmente bom

2. Deus é Todo-Poderoso

3. O mal existe

De qualquer forma, a crítica aqui não percebe uma forma perfeitamente razoável para concordar com todas essas três proposições.

Se o cristão pressupõe que Deus é perfeito e completamente bom, como as Escrituras requerem que sejamos, então ele (o cristão) está comprometido em avaliar tudo dentro de sua experiência à luz dessa proposição. Conseqüentemente, quando o cristão observa os acontecimentos maus ou as coisas no mundo, ele pode e deve-ria conservar a coerência com suas pressuposições a respeito da bondade de Deus, mas agora inferindo que Deus tem uma razão moral-mente boa para o mal existir. Deus deve ser Todo-Poderoso para ser Deus; não se deve tê-lo como derrotado ou frustrado pelo mal no Universo. A contradição aparentemente criada pelas três proposições anteriores é real-mente resolvida ao acrescentarmos esta quarta premissa às demais:

4. Deus possui uma razão moral e suficientemente boa para a existência do mal

Quando todas as quatro premissas são mantidas, não há nenhuma contradição lógica a ser encontrada. Na realidade, faz parte da caminhada de fé do cristão e de crescimento na santificação a declaração da quarta proposta como uma conclusão contundente das três outras.

Lembre-se de Abraão, quando Deus o ordenou a sacrificar seu único filho. Pense em Jó, quando perdeu tudo o que trazia felicidade e prazer à sua vida. Em cada caso, Deus teve uma razão perfeitamente boa para a miséria humana envolvida. Era uma marca ou uma realização de fé para eles não estremecerem em suas convicções da bondade de Deus, apesar de não serem capazes de ver ou entender por que o Senhor estava fazendo o que fez com eles. De fato, mesmo no caso do maior crime de toda a história, a crucificação do

Senhor da Glória (Jesus), o cristão professa que a bondade de Deus não era incoerente com o que as mãos dos homens sem-lei estavam fazendo. A morte de Cristo foi maligna?

Certamente. Deus teve uma razão moralmente suficiente para fazê-lo? Certamente. Com Abraão, nós declaramos: “Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25). E esta justiça e bondade de Deus ficam além dos desafios humanos: “Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem” (Rm 3.4).

O problema não é lógico, mas psicológico
Conclui-se que o problema do mal não é uma dificuldade lógica, afinal de contas. Se Deus tem uma razão moral suficiente para o mal existir, como a Bíblia ensina, então, que a sua bondade e o seu poder não podem ser contestados pela realidade de acontecimentos malignos e coisas semelhantes na experiência humana. O único problema lógico que aparece, relacionado às discussões sobre o mal, é a incapacidade filosófica do descrente de prestar contas à objetividade de seus julga-mentos morais.

O problema que os homens têm com Deus, quando ficam face a face com o mal no mundo, não é de ordem lógica ou filosófica, mas psicológica. Podemos achar emocional-mente muito difícil ter fé em Deus e confiar em sua bondade e poder quando não nos é dada uma razão para as coisas ruins que acontecem conosco e com os outros. Natural-mente, pensamos: “Por que algo tão terrível aconteceu?”. Os descrentes também imploram dentro de si por uma resposta para tal pergunta. Mas Deus nem sempre provê uma explicação para os seres humanos acerca do mal que experimentam ou observam.

“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus” (Dt 29.29). Podemos não ser capazes de entender o jeito e os misteriosos caminhos de Deus, até mesmo se Ele próprio nos dissesse (Cf. Is 55.9). Todavia, o fato continua apontando a miséria, o sofrimento e a injustiça como parte de seu plano para a história e para as nossas vidas, individualmente.

Assim, a Bíblia nos pede que confiemos que Deus possui uma razão moralmente suficiente para o mal que pode ser encontrado neste mundo, mas ela não nos diz que razão suficiente é esta. O crente, muitas vezes, luta com esta situação, andando por fé, não por vista. O descrente, contudo, acha esta situação intolerável para o seu orgulho, seus sentimentos e racionalidade. E se recusa a confiar em Deus. De forma alguma, acreditará que Deus tem uma razão moralmente suficiente para a existência do mal, a menos que lhe seja dada uma razão para a sua própria análise e avaliação. Resumindo, o descrente não confiará em Deus, a menos que Deus se sujeite à sua autoridade intelectual e à sua avaliação moral, a menos que Deus consinta em trocar de lugar com o pecador.

O descrente faz parte do problema do mal
O problema do mal segue com a seguinte questão: se uma pessoa deveria ter fé em Deus e em sua Palavra ou preferir colocar sua fé em seus próprios pensamentos e valores. Finalmente, isto se torna uma questão de autoridade na vida de uma pessoa. E, neste sentido, a maneira que o descrente luta contra o problema do mal é, contudo, um testemunho contínuo da maneira pela qual o mal entrou na humanidade. A Bíblia mostra que o pecado e todas as misérias que o acompanham entraram neste mundo por meio da primeira transgressão de Adão e Eva. E a questão com que Adão e Eva foram confrontados, há muito tempo, era precisa-mente a questão que os descrentes enfrentam hoje; ou seja, deveríamos ter fé na Palavra de Deus simplesmente, naquilo que Ele diz, ou deveríamos avaliar o próprio Deus e a sua Palavra baseados em nossa própria autoridade moral e intelectual?

Deus ordenou a Adão e Eva que não comessem de certa árvore, testando-os para ver se eles tentariam definir o bem e o mal por si só. Satanás veio e contestou a bondade e a honestidade de Deus, sugerindo que Deus tinha motivos básicos para manter Adão e Eva longe dos prazeres da árvore. E, neste ponto, todo o percurso da história humana dependia da possibilidade de Adão e Eva confiarem e pressuporem a bondade de Deus. Uma vez que não o fizeram, a raça humana tem sido visitada por muitos tormentos, dolorosos demais para se relatar. Quando os descrentes se recusam a aceitar a bondade de Deus, assim como Adão e Eva fizeram, notas baseando-se em sua própria revelação, simplesmente perpetuam a fonte de toda a desgraça humana. Em vez de solucionarem o problema do mal, passam a fazer parte do problema.

Portanto, não se deveria pensar que o “problema do mal” é algo que justifique uma base intelectual para uma falta de fé em Deus. Antes, é, de forma bastante simples, a expressão pessoal de tal falta de fé. O que vemos é que os descrentes que desafiam a fé cristã acabam se contradizendo. Por serem desprovidos de fé em Deus, começam a argumentar que o mal é incompatível com a bondade e o poder de Deus. Quando são surpreenddos com uma solução logicamente adequada e sustentada biblicamente para o problema do mal, se recusam a aceitá-la, novamente por causa de sua falta de fé em Deus. Preferem permanecer com as incoerências de suas pressuposições a se submeterem à suprema e imutável autoridade moral de Deus. É um preço muito alto para se pagar, filosófica e pessoalmente.

Notas:
1 DOSTOIÉVSKI,Fiódor M.Os irmãos karamazovi. Coleção Os Imortais da Literatura Universal.Vol. 1.Abril Cultural:Rio de Janeiro,1970,liv.V,cap. IV,p.181-4.
2 HUME,David.Diálogos sobre a religião natural. [Tradução José Oscar de Almeida Marques ].São Paulo:Marins Fontes,1992,p.136.
3 Buffalo,New York:Prometheus Books,1979.

Deus criou o mal?
Gênese, ocorrência e finalidade do problema

Por Norman Geisler
Tradução: Elvis Brassaroto

“Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas” (Is 45.7).

Sempre que se debate o assunto do mal, a tendência é apontar um responsável. Aliás, este é um comportamento intrínseco à natureza humana: colocar a culpa em alguém para se inocentar. No versículo que introduz esta matéria vemos claramente que o Senhor re-clama ser o criador de todas as coisas, inclusive do mal. Destarte, o próprio texto bíblico já se incumbiu de responder à nossa pergunta. Todavia, a questão é mais complexa do que isso e não pode ser reduzida a objetividade desta resposta. Há considerações que não podem ser desconsideradas nesta resposta. O que podemos entender da afirmação de que Deus criou o mal? O que é o mal? Em quais sentidos Deus seria o responsável pelo mal? Por que Deus não aniquila o mal? Por que Deus criou este mundo?

Neste artigo, propomos uma rápida reflexão sobre esta “culpa” que tanto massageia a ego dos céticos, e faremos isto retomando alguns aspectos da matéria “O problema do mal”, escrita por Greg Bahsen e publicada nesta edição de Defesa da Fé como texto de capa.

A gênese do mal
Deus é bom, e criou criaturas boas com uma qualidade denominada livre-arbítrio. Infelizmente, as criaturas de Deus usaram este poder, que é bom, para trazer o mal ao Universo. E como fizeram isso? Ao se rebelarem contra o Criador. Então, o mal surgiu do bem, não direta, mas indiretamente, pelo mau uso do poder bom chamado liberdade.

Desta forma, Deus é responsável por tornar o mal possível, mas as criaturas livres são responsáveis por torná-lo real.

Diante disso, conclui-se que, de alguma forma, o mal se relaciona a Deus, porém, se o crente prega que o mal não é algo separado de Deus e, ao mesmo tempo, não pode proceder de seu interior, então o que é o mal? O problema da criação não pode ser simplificado nas seguintes premissas:

1. Deus é o Autor de tudo o que existe

2. O mal é algo que existe

3. Logo, Deus é o Autor do mal

Concordar que Deus não criou todas as coisas é negar sua soberania. Todavia, admitir que Ele causou todas as coisas e que o mal faz parte dessas coisas é reconhecer que Deus causou o mal. Entretanto, os crentes respondem que o mal não é uma coisa ou substância, antes, é a falta ou a privação de algo bom que Deus fez. Assim, o mal é a corrupção das substâncias boas que Deus criou. É como a ferrugem em um carro ou a podridão em uma árvore. O mal não é algo em si só. Existe somente em companhia de outra coisa, mas nunca sozinho.

Dizer que o mal não é algo, mas uma falta nas coisas, não é o mesmo que afirmar que ele não é real. Temos de entender que privação não é o mesmo que simples ausência. A visão está ausente na pedra assim como no cego, mas a ausência de visão na pedra não é privação, pois a privação é a ausência de algo que deveria estar ali. Já que a pedra, por natureza, não deveria ver, ela não está privada de visão. Logo, o mal é a falta real nas coisas boas, como o cego pode testemunhar. O mal não é uma entidade real, mas a corrupção real em uma entidade real.

Esta corrupção que atinge o homem para que possa transformar a possibilidade do mal em realidade se chama ação. Mas é preciso tomar cuidado para não levar a depravação humana tão longe a ponto de destruir a habilidade de pecar. Um ser totalmente corrompido nem existiria. Não pode haver o mal supremo, pois, apesar de o mal reduzir o bem, jamais poderá destruí-lo completamente, porque se o bem fosse totalmente destruído o próprio mal desaparece-ria, já que seu sujeito, ou seja, o bem, não existiria mais.

A ocorrência do mal
Por que Deus, na sua onipotência, não destrói o mal?

Mesmo um ser onipotente como Deus não é capaz de fazer qualquer coisa para mudar esta tendência humana. Explicando. Deus jamais forçaria as pessoas a escolher livremente o bem, porque a liberdade forçada seria uma contradição à sua Palavra. Logo, Deus não pode destruir literalmente todo o mal sem aniquilar o livre-arbítrio. A única maneira de destruir o mal seria destruindo o bem do livre-arbítrio. Logo, se Deus destruís-se todo o mal, teria de destruir também todo o bem do livre-arbítrio Mas, apesar de Deus não aniquilar o mal, Ele pode (e irá!) derrotá-lo e, ao mesmo tempo, preservar o livre-arbítrio. Assim, ainda que o mal não possa ser destruído sem destruir o livre arbítrio, ele pode ser derrotado.

A finalidade do mal
Deus tem uma determinação para tudo e, por conta disso, nos permite conhecer um bom propósito para a maior parte do mal. Por exemplo, a habilidade que temos de sentir dor possui um bom propósito. C.S. Lewis declarou que “a dor é o megafone de Deus para advertir o mundo moralmente surdo”.

Além disso, temos de ponderar que parte do mal é produto do bem e que Deus é capaz de extrair coisas boas do mal. Também, temos de entender que nem todo evento específico no mundo precisa ter um bom propósito. Apenas o propósito geral precisa ser bom. Certamente, Deus tinha um bom propósito para criar a água (sustentar a vida), mas afogamentos são um dos subprodutos malignos. Assim, nem todo afogamento específico precisa ter um bom propósito, apesar de a criação da água ter tido. A bem da verdade, muitas coisas boas seriam perdidas se Deus não tivesse permitido que o mal existisse.

Isso não significa que este mundo seja o melhor mundo possível, mas que Deus o criou como a melhor maneira de atingir seu objetivo supremo do bem maior.

O mal como um problema que pode ser evitado
Se Deus, por sua onisciência, sabia que o mal ocorreria no mundo, então, por que criou este mundo? O Senhor poderia não ter criado nada; ou ter criado um mundo onde o pecado não pudesse ocorrer. Ou, ainda, criar um mundo onde o pecado ocorresse, mas que todos fossem salvos no final. Logo, segundo os descrentes, Deus não fez o melhor.

Entretanto, é necessário ter em mente que Deus não precisa fazer o melhor, mas apenas fazer o que é bom. Mas será que outra alternativa seria realmente melhor que este mundo? Absolutamente.

A ausência de mundo não pode ser melhor que o mundo. “Nada” não pode ser melhor que “algo”.

Um mundo livre, onde ninguém peca, ou mesmo um mundo livre, onde todos pecam e depois são salvos é concebível, mas não é atingível. Enquanto todos forem realmente livres, sempre será possível que alguém se recuse a fazer o bem. Se Deus não permitisse o mal, então as virtudes mais elevadas não poderiam ser atingidas. Não há como experimentar a alegria do perdão sem permitir a queda no pecado.

O cristão sabe da realidade do mal e, dentro de sua limitação, se esmera por evitá-lo. Ninguém pode demonstrar um mundo alternativo melhor que o mundo proposto pelo cristianismo. Não podemos nos esquecer que Deus ainda não terminou a sua obra, e muitos menos que as Escrituras prometem que algo melhor será alcançado. A fé do crente é que este mundo é o melhor caminho para o melhor mundo atingível.

Fonte:
Baker Encyclopedia of Christian Apologetics: Baker, 1999.
DOSTOIÉVSKI, Fiódor M. Os irmãos Karamazovi. Coleção Os Imortais da Literatura Universal.Vol. 1 Abril Cultural: Rio de Janeiro,1970, liv.V,cap. IV,p.181-4.
HUME, David.Diálogos sobre a religião natural. [Tradução José Oscar de Almeida Marques] São Paulo: Martins Fontes,1992,p.136.
Buffalo, New York: Prometheus Books,1979.

 

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